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Marrocos perde da Croácia, mas o futebol sai ganhando na Copa do Qatar
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O lado ruim da disputa do terceiro lugar é que ela vale pouco. O lado bom da disputa do terceiro lugar é que ela vale pouco.
Hoje, talvez ela valesse mais, especialmente para Marrocos, em sua estreia no topo do futebol mundial, mas ainda assim o jogo se mostrou mais aberto, mais leve. Historicamente, a disputa do prêmio de consolação da Copa tem média de 3,8 gols.
Não deu outra. Pelo menos, no primeiro tempo.
Logo aos 7 minutos, em uma bela jogada ensaiada (sim, é possível ter jogada ensaiada com pouco tempo de treino, como já nos mostrara a Holanda), Gvardiol subiu cabeceando lindamente e abriu o placar para a Croácia. O craque de apenas 20 anos é o mais jovem a marcar por seu país.
Antes que pudesse sentir a derrota, Marrocos aproveitou um outro lance de bola parada e um desvio horroroso de Majer para empatar com Dari, aos 9 minutos. Primeiro gol do outro jovem zagueiro, de 23 anos, em sua sétima partida pela seleção.
Aos 42, a zaga marroquina vacilou e Orsic mandou por um golaço por cobertura: 2 a 1.
E foi só. Algumas boas chances, reclamações de pênaltis e cansaço.
A Croácia fica com o bronze, pela segunda vez em sua história. Desde sua primeira participação como nação, em 1998, são dois terceiros e um segundo lugar. Impressionante.
Muito provavelmente, nos despedimos hoje de Modric, em Copas. Com quatro edições na bagagem, 37 anos e uma história monumental, o grande camisa 10 deve ter disputado sua última partida em Mundiais.
Embora seja difícil não sentir certa tristeza por aqueles que veremos cada vez menos, ganhamos inúmeros novos talentos para curtir pelos próximos anos. Prestaremos mais atenção em Hakimi. Ganhamos Amrabat. Ganhamos Ounahi. Ganhamos Bono. Ganhamos Regragui. Ganhamos Marrocos.
A equipe africana reclamou bastante da arbitragem ao final, parecendo frustrada com o resultado. Isso só mostra a determinação e a confiança dos comandados de Walid Regragui. Eles queriam — e podiam — vencer. O desgaste prevaleceu.
Consolidou-se uma nova força da Europa, com suas 13 vagas. Ganhamos a África entre os maiores do mundo, com apenas cinco vagas. Não nos esqueceremos de 2022. Até porque faltavam só quatro minutos?
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