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A Grande Final: Messi, 'Mano de Dios' e Scaloni consagram a nova Argentina
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Quando a Argentina perdeu Lo Celso para a Copa do Mundo, muita gente acreditou que não ia dar.
Hoje, a Argentina amassou a França na final da Copa do Mundo. Dois a zero no primeiro tempo, fora o baile.
Vou repetir: a França não viu a cor da bola na final da Copa do Mundo. Mbappé mal era visto na transmissão. Arrependi-me de ter brincado com os amigos antes do apito inicial que queria um jogão com 3 a 3 e pênaltis.
Até os 34 do segundo tempo. Quando Kylian acordou e marcou de pênalti o primeiro gol francês, em lance de Kolo Mouani. E marcou de novo, aos 36, depois de erro de Messi, empatando com uma bola recebida de Thuram. Marcus Thuram, filho de Lilian, campeão em 1998.
Holanda feelings para os hermanos?
Di María, substituído aos 19, haciendo muita falta.
Veio, então, a prorrogação: gol de Messi, gol de Mbappé. O homem que mal tinha aparecido, marcando um hat trick na final da Copa. Apenas.
No que seria praticamente o último lance da prorrogação, Dibu Martínez fez uma defesa absurda. E fez outra nos pênaltis, depois de quase pegar o penal de Mbappé.
"La Mano de Dios" versão 2022 se juntou a Dios, Messi, e levou a Argentina ao tri.
Lionel, o Scaloni, sem nenhuma experiência anterior como treinador, é campeão do mundo. Chorou como alguém que não acreditava no que via. Aos 44 anos, escreveu seu nome na história do futebol entendendo que a Albiceleste tinha um dos maiores de todos os tempos e era sua missão fazê-lo render.
Lionel, o Messi, alcança sua consagração final. Fez o que Messi faz: gols, lances geniais, passes inesperados, o criador de espaços.
Di María tem 34 anos e Messi, 35. Talvez não joguem mais uma Copa do Mundo.
Mac Allister, de 23 anos, nasceu depois de a França ser campeã do mundo pela primeira vez: 24 de dezembro de 1998. Assim como Mbappé, nascido em 20 de dezembro daquele ano.
Julián Álvarez, uma das grandes revelações do Qatar, nasceu ainda mais tarde, em janeiro de 2000. Tinha 2 anos quando o Brasil conquistou o penta. Enzo Fernández, eleito a revelação do Mundial, é de 2001.
Sorte a nossa. Perdemos e ganhamos talentos todos os dias.
Neste 18 de dezembro, o país mais apaixonado volta a conquistar a taça mais cobiçada, 36 anos depois do bi.
Torcer é um verbo forte, que eu reservo a poucos — para não dizer apenas um. Mas é difícil não apreciar a alegria argentina diante do esporte que eles mais amam e amam mais do que qualquer um.
A Argentina é tri. Messi é foda.
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