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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Haver dúvida entre Carlo Ancelotti e Jorge Jesus é piada

Carlo Ancelotti, do Real Madrid, durante coletiva de imprensa antes de final do Mundial - David Ramos - FIFA/FIFA via Getty Images
Carlo Ancelotti, do Real Madrid, durante coletiva de imprensa antes de final do Mundial Imagem: David Ramos - FIFA/FIFA via Getty Images

14/02/2023 14h20Atualizada em 14/02/2023 16h28

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O UOL reportou hoje que ocorre, nesse momento, um lobby dividido na CBF entre ex-craques que apoiam a contratação do italiano e aqueles que preferem o português.

O peso dos nomes de cada lado já deveria bastar para ilustrar a disparidade. No time Ancelotti: Ronaldo Fenômeno, Cafu e Kaká. No time Jesus: Julio Cesar, Juan e Savio.

Como dizem os advogados gringos dos filmes de tribunal que adoro: I rest my case. Nada mais a acrescentar aos meus argumentos.

Mas vou acrescentar mesmo assim.

Com todo o respeito ao belíssimo trabalho que JJ fez no Flamengo, ele não tem currículo para acender o charuto de Carletto.

Sem mencionar os títulos que ganhou como jogador, Ancelotti ostenta:

No Parma
Copa da Itália: 1998-99
Copa da UEFA: 1998-99
Supercopa da Itália: 1999

Na Juventus
Copa Intertoto da UEFA: 1999

No Milan
Copa da Itália: 2002-03
Liga dos Campeões da UEFA: 2002-03 e 2006-07
Supercopa da UEFA: 2003 e 2007
Serie A: 2003-04
Supercopa da Itália: 2004
Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2007

No Chelsea
Supercopa da Inglaterra: 2009
Premier League: 2009-10
Copa da Inglaterra: 2009-10

No Paris Saint-Germain
Ligue 1: 2012-13
Supercopa da França: 2013

No Real Madrid
Copa do Rei: 2013-14
Liga dos Campeões da UEFA: 2013-14 e 2021-22
Supercopa da UEFA: 2014 e 2022
Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2014 e 2022
La Liga: 2021-22
Supercopa da Espanha: 2021-22

No Bayern de Munique
Supercopa da Alemanha: 2016 e 2017
Bundesliga: 2016-17

Ele venceu torneios nacionais em todos os grandes mercados da bola: Itália, Inglaterra, Espanha, França e Alemanha. Foi campeão da Liga dos Campeões seis vezes (duas como volante e quatro como comandante).

Além de ter sido eleito diversas vezes o melhor técnico do mundo e um dos maiores da história.

Qual o argumento para preferir Jesus? Ambos são estrangeiros, ou seja, não vale a lógica de quem faz questão de um brasileiro no cargo. Ancelotti nunca atuou no Brasil, mas está muito mais próximo no dia a dia das nossas maiores estrelas, aqueles com chances reais de vestir a Amarelinha.

Ex-ídolos do Flamengo fazendo campanha para ele voltar ao Flamengo eu entenderia perfeitamente. Defender que ele seja o melhor nome para Seleção, no entanto, desafia a lógica. E os números. E o bom senso.

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