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Sem tolerância com reclamação, CBF deve investir para melhorar a arbitragem
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A primeira rodada do Brasileirão 2023 terminou com 21 cartões por reclamação: 19 amarelos e 2 vermelhos (Abel Ferreira e Maurício Barbieri).
A sensação, em alguns momentos, era de uma ação educativa. Vai todo mundo aprender na marra a não amolar a arbitragem.
Não vai ter rodinha, jogador assistente de VAR, muito menos treinador questionando decisão. Atravessou o campo correndo, cartão. Abriu a boca, cartão.
A comissão técnica do Palmeiras, amarelada três vezes, obviamente não gostou. Róger Guedes, amarelado por Anderson Daronco na partida entre Corinthians e Cruzeiro, também não.
"Ele pode falar, e a gente não pode argumentar. Houve uma conversa no começo do ano com a arbitragem e não está sendo como nos falaram. Mentiram nessa conversinha aí. Estão muito rígidos, tem que dar uma aliviada", opinou o atacante.
É óbvio que o avanço do futebol brasileiro depende da educação de todas as partes envolvidas. De haver respeito entre as pessoas que estão ali trabalhando. Sem xingar, enfiar dedo na cara, intimidar. Chega a ser constrangedor o comportamento reincidente de alguns profissionais.
Da mesma forma que chega a ser constrangedora a atuação de grande parte da arbitragem brasileira.
A CBF age corretamente ao tentar coibir as cobranças excessivas e, por vezes, violentas.
Espero apenas que a comissão de Wilson Seneme invista dinheiro, tempo e treinamento para aumentar também a capacidade técnica dos árbitros e árbitras. Revisões de VAR intermináveis de lances óbvios, ausência de critério, faltas incríveis não marcadas: tudo isso contribui para o atual círculo vicioso e testa a paciência de quem depende de resultados para seguir trabalhando.
Não adianta educar uma ponta e deixar a outra errando solta, sem consequências.
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