Topo

Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Sem tolerância com reclamação, CBF deve investir para melhorar a arbitragem

Abel Ferreira reclama com arbitragem em Palmeiras x Cuiabá, duelo do Campeonato Brasileiro - Ettore Chiereguini/AGIF
Abel Ferreira reclama com arbitragem em Palmeiras x Cuiabá, duelo do Campeonato Brasileiro Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

17/04/2023 12h26

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A primeira rodada do Brasileirão 2023 terminou com 21 cartões por reclamação: 19 amarelos e 2 vermelhos (Abel Ferreira e Maurício Barbieri).

A sensação, em alguns momentos, era de uma ação educativa. Vai todo mundo aprender na marra a não amolar a arbitragem.

Não vai ter rodinha, jogador assistente de VAR, muito menos treinador questionando decisão. Atravessou o campo correndo, cartão. Abriu a boca, cartão.

A comissão técnica do Palmeiras, amarelada três vezes, obviamente não gostou. Róger Guedes, amarelado por Anderson Daronco na partida entre Corinthians e Cruzeiro, também não.

"Ele pode falar, e a gente não pode argumentar. Houve uma conversa no começo do ano com a arbitragem e não está sendo como nos falaram. Mentiram nessa conversinha aí. Estão muito rígidos, tem que dar uma aliviada", opinou o atacante.

É óbvio que o avanço do futebol brasileiro depende da educação de todas as partes envolvidas. De haver respeito entre as pessoas que estão ali trabalhando. Sem xingar, enfiar dedo na cara, intimidar. Chega a ser constrangedor o comportamento reincidente de alguns profissionais.

Da mesma forma que chega a ser constrangedora a atuação de grande parte da arbitragem brasileira.

A CBF age corretamente ao tentar coibir as cobranças excessivas e, por vezes, violentas.

Espero apenas que a comissão de Wilson Seneme invista dinheiro, tempo e treinamento para aumentar também a capacidade técnica dos árbitros e árbitras. Revisões de VAR intermináveis de lances óbvios, ausência de critério, faltas incríveis não marcadas: tudo isso contribui para o atual círculo vicioso e testa a paciência de quem depende de resultados para seguir trabalhando.

Não adianta educar uma ponta e deixar a outra errando solta, sem consequências.

Siga Alicia Klein no Instagram e no Twitter

Leia todas as colunas da Alicia aqui