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Flamengo amassou o Fluminense, fez seu melhor 1o tempo e não mereceu vencer
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O Flamengo conseguiu a proeza de amassar o Fluminense no primeiro tempo, jogar todo o segundo com um a mais e sair de campo derrotado por um melancólico 0 a 0.
O Tricolor não frequentou o campo de ataque na etapa inicial. Ficou encaixotado pela marcação alta do Rubro-negro e sofreu um bombardeio. Impressionante e inócuo. Quatrocentas oportunidades criadas, duzentas finalizações e nada.
A expulsão de Felipe Melo parecia ser a pá de cal, a abertura dos portões do inferno, a chave para a goleada.
Assim como aconteceu contra o Bahia, porém, o Flamengo fez um segundo tempo pior e pareceu sofrer com a superioridade numérica.
Diniz organizou o time para segurar o empate, contando com uma excelente partida de Paulo Henrique Ganso, que mostrou muito talento, mesmo sem a bola. Por pouco, não arrancou uma vitória no contra-ataque.
Tudo bem, a equipe de Sampaoli estava desfalcada e sentiu demais a ausência de Pedro. Mas do outro lado a situação era pior. No banco, oito crias de Xerém, o mais experiente deles o garoto John Kennedy, de 20 anos.
Embora a celebração final e o empate com um a menos possam passar a ideia de que o Fluminense foi heróico, urge notar que o time teve uma de suas piores apresentações do ano na primeira etapa. O Dinizismo foi completamente anulado e de nada adiantou a posse de bola ou os diversos passes trocados no campo de defesa.
E, todavia contudo entretanto, quem saiu por baixo foi o Flamengo, que talvez tenha feito a sua melhor apresentação do ano antes do intervalo.
Nunca gostei do conceito de "o time x mereceu vencer". Futebol não é sobre merecimento, não é subjetivo. Se você finaliza 19 vezes, mete duas bolas na trave, consegue oito escanteios, termina com 54% de posse de bola e 11 contra 10, e não é capaz de fazer um único gol, desculpe, gente boa, mas você não mereceu ganhar.
O Fluminense, por outro lado, não mereceu perder e não perdeu. Diante da impossibilidade de criar — primeiro pela competência tática rubro-negra e depois pela incompetência de Felipe Melo —, resistiu com bravura e elegância: a equipe cometeu apenas cinco faltas no jogo inteiro. (Na minha modesta opinião foi também prejudicado pela arbitragem, que poderia facilmente ter expulsado Gabigol.)
Como um dia profetizou a presidente Dilma Roussef: "Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder."
Menos quem gosta de futebol. Aí ninguém ganhou nem perdeu, mas todo mundo ganhou.
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