Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Abel erra 2 vezes e tira foco do fato mais relevante da noite: a arbitragem
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Não há desculpas para o que Abel Ferreira fez ontem com um jornalista, no Mineirão. Irritado com a gravação da discussão entre Anderson Barros e o quarto árbitro, ele pegou o celular da mão do colega e se irritou com o cinegrafista que gravava a cena, reclamando que eles não deveriam estar ali.
Não há qualquer porém ou justificativa para um ato como esse. O celular não era dele, o jornalista podia estar ali, ninguém invadia a privacidade de ninguém ou qualquer outra desculpa.
Aliás, por falar em desculpas, a de Abel, na coletiva, foi péssima. O famoso "a quem eu possa ter ofendido", com direito a "se eu me excedi foi porque...". Desculpas de verdade não carregam ressalvas. Ponto.
O caso será analisado pelo STJD e pode render um gancho ao português.
O que Abel fez, também, foi desviar o foco da principal notícia da noite. O impedimento descabido que anulou a bela bicicleta de Rony. Não há um ângulo claro que esclareça a decisão do VAR.
Para além do custo poético de deletar uma pintura ludopédica do currículo de Rony, a determinação tirou do Palmeiras a vantagem de largar na frente já aos 7 minutos. Permitiu ao Atlético-MG continuar matando as jogadas adversárias na falta (19 delas e 4 cartões amarelos só no primeiro tempo), em vez de se abrir mais para buscar o empate.
O lance da mão de Marcos Rocha dentro da área eu considero bem menos polêmico. Não seria um absurdo marcá-lo, mas o movimento da mão pareceu natural e reativo à bolada. Merecia uma olhadela no VAR.
Esses tipos de erro mudam o curso de partidas. A arbitragem custa pontos. Toda semana. De tão comum fica quase fácil ignorar, deixar pra lá, normalizar.
Fica mais fácil ainda mais quando um técnico estrangeiro com uma legião sedenta de não-fãs proporciona um fato novo e suculento para se tornar o tema da vez.
Espero que Abel se desculpe de verdade. Não mudará nada em relação ao jogo, à péssima arbitragem brasileira ou à opinião de quem o compara ao que há de pior. É, porém, o certo a fazer. E isso deveria bastar.
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