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Flamengo de Sampaoli assusta adversários e a própria torcida
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O Rubro-Negro passeou ontem sobre o Aucas, no Maracanã. Um passeio real, elegante e vistoso, justamente refletido na goleada por 4 a 0.
Mais do que o placar robusto, o Flamengo foi o Flamengo que a torcida se acostumou a querer e os adversários, a temer.
Veloz, de passes limpos, de jogadas bonitas, de Arrascaeta e Everton Ribeiro. De Bruno Henrique e Pedro/Gabigol. Agora, com pitadas belíssimas de Wesley e Ayrton Lucas.
É preciso dizer: a volta de Bruno Henrique é um presente para o futebol. Como corre, como lança, como chuta. Entendo demais o seu filho de 4 anos (mesma idade do meu), indignado com a permanência do pai no banco.
O problema é que este Flamengo também é o Flamengo do jogo contra o Santos. E o mesmo que foi atropelado (com os mesmos 4 a 0) pelo Red Bull Bragantino, aturdido e perdido, sem saber como parar o que estava acontecendo.
Defensivamente, o time continua frágil. Vem oferecendo uma média de 20 finalizações por jogo aos rivais. No Brasileirão, sofreu 17 gols em 12 partidas. Tem, junto com o Grêmio, a pior defesa fora do Z4. Viu-se vazado 7 vezes a mais do que o Palmeiras e 10 a mais do que o Botafogo.
Claro, o Aucas não ofereceu resistência e não serve de comparação para quem almeja conquistar títulos. Volto a dizer: não é o placar, é o futebol. O requinte. A qualidade diferenciada de alguns atletas.
O requinte de crueldade, porém, é não saber qual Flamengo entrará em campo. A concorrência pode pensar: consigo fazer o que fez o Bragantino ou serei amassado? Enquanto a torcida imagina: vamos amassar ou sofrer em campo, sem rumo?
Ninguém sabe, o que é parte da beleza do futebol. Suspense. Sofrimento. Alegria. E nossos filhos acordados além da hora esperando sair gol.
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