Saída de Róger Guedes do Corinthians é lembrete aos palmeirenses
Róger Guedes não vestirá mais a camisa do Alvinegro. Conforme já era esperado até pelo clube, o atacante não terminará a janela de transferências no Brasil.
Os valores de sua ida para o Al-Rayyan, do Qatar, ainda não foram revelados, mas o Corinthians detém apenas 40% dos direitos e não teve como evitar sua partida — os outros 60% pertencem ao próprio atleta e seus empresários.
Mas o que isso tem a ver com o Palmeiras?
Nada. E tudo.
O clamor da torcida por reforços faz sentido. A equipe, de fato, não repôs a saída de Danilo e atua com um cobertor perigosamente curto também em outras posições. Vive de sua espinha dorsal e da base, com pouquíssima margem para erro.
Certo ou errado, o projeto dessa diretoria sempre foi a manutenção dos principais jogadores. Entre trazer gente nova e segurar as estrelas nessa janela, o foco era segurar.
O Alviverde poderia, inclusive, ter vendido alguns de seus principais nomes. Recebeu propostas. Não aceitou.
Alguns desses atletas renegociaram seus contratos há pouco tempo: salários maiores, multas maiores, menos chance de saírem. Ficaram caros até para o mundo árabe.
Com uma folha salarial na casa dos 30 milhões (incluindo bichos e premiações), o Palmeiras vive sob um custo fixo altíssimo.
Nessa infernal janela de transferências de meio de ano, que mutila a temporada brasileira, costumamos focar o olhar nas chegadas. Tal time vai trazer quem? Por quanto? Como vai se fortalecer para a reta final dos torneios? Tem dinheiro?
A saída de Róger Guedes, às vésperas de uma decisão importantíssima de Copa do Brasil (e Sul-Americana, se resolverem dar bola a ela), serve de lembrete aos demais navegantes: não perder quem importa também é reforço.
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