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Na Libertadores, foco e organização tática do Palmeiras são irritantes

A consistência do Palmeiras da era Abel Ferreira sempre chamou muita atenção. Nem sempre jogando bem, mas quase nunca perdendo. Pode parecer ilógico dizer isso depois do mês de julho vivido pelo Alviverde: quase o mesmo número de derrotas no mês passado do que em todo 2022.

Mas o que se viu em campo, ontem, contra o Atlético-MG, foi exatamente isso: momentos de alta e de baixa, mas sempre sob a impressão de que estava tudo dominado. Mesmo quando tomou pressão, não aparentava sentir a pressão.

O sistema defensivo palmeirense, especialmente nas figuras de Gustavo Gómez e Murilo, formou uma barreira praticamente intransponível — que, quando transposta, contou com Weverton ou um pouco de sorte.

A segurança era clara. O emocional totalmente sob controle, ao contrário do Galo (e da Seleção contra a Jamaica). Estabilizado e sabendo exatamente o que fazer taticamente.

Com Veiga novamente bem e Zé Rafael em grande forma, o time ficou também perigoso. O gol é um exemplo disso: Mayke meteu um lançamento do círculo central para a área, Gómez escorou e na sobra Veiga pegou de primeira uma bola dificílima. Conjunto e técnica.

Não conseguiu ampliar a diferença no segundo tempo, mas não permitiu uma reação coordenada do adversário, que agora completa dez partidas sem vitória — nove sob o comando de Felipão. Aliás, o que parece faltar ao Galo é justamente coordenação, coesão, sentido. Porque talento existe.

O Palmeiras tem pouca gordura para queimar. Na principal janela de transferências, encerrada ontem (a da Arábia Saudita segue perigosamente aberta), ninguém entrou e ninguém imprescindível saiu. O cobertor do elenco segue curto e basta a má fase simultânea de dois ou três craques ou alguma lesão séria para o nível do time cair muito — como se viu em julho.

Quando o time está focado e os principais atletas entregam o que podem, aí é realmente uma equipe irritantemente dominante. Pelo menos na Libertadores.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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