Sampaoli: uma mentira cara e um erro doloso do Flamengo
O Flamengo foi campeão da Copa do Brasil e da Libertadores de 2022. Com Dorival Jr. Sem sobras, com riscos e desempenhos nem sempre brilhantes, mas foi.
A diretoria do clube achou que não dava. Sem oferecer grandes justificativas, disse apenas que não dava para manter o treinador. Demitiu o campeão das duas copas e contratou Vítor Pereira, o campeão de nada.
Deu ruim.
Diante da debacle, contratou Jorge Sampaoli, o campeão de pouca coisa. A mentira cara. Ou, como definiu muitíssimo bem o colega Bruno Vicari, o fracassado mais bem-sucedido do futebol mundial.
Classificação e jogos
Ganha muito dinheiro e pouco título. No Brasil, ostenta apenas um campeonato mineiro, pelo Galo, em 2020. Seu último título relevante data de 2015, quando conquistou a Copa América pelo Chile.
De temperamento explosivo e comissão técnica de comportamento até há pouco questionável e, agora, caso de polícia, inventou uma persona que, sabe-se lá por quê, colou.
O treinador de grandes times. O cara de ponta que vai botar ordem na casa. O campeão.
Deu ruim.
O Flamengo caiu para o Olimpia nas oitavas de final e, com seu super time, visa como alvo máximo a Copa do Brasil — ou uma remontada histórica no Brasileirão.
Não ganhar nada em um ano e ser eliminado da Libertadores é da vida. O Olimpia saiu em primeiro do seu grupo, é tricampeão do torneio e vem sendo muito bem liderado pelo multicampeão Arce.
Mas é pouco. É pouco para Gabigol, Arrascaeta, Éverton Ribeiro, Bruno Henrique. É pouco para tanta receita. É pouco para os reforços contratados. É pouco para o que o Flamengo tem. É pouco para o que poderia ter. Se não tivesse escolhido errar. Se não tivesse mexido em time que estava ganhando. Se não tivesse, de novo, escolhido um perfil de treinador que, desde Jorge Jesus, não deu certo na Gávea: o ególatra, que se entende maior que a equipe.
Diretorias erram, fazem escolhas ruins, apostas erradas. Todos fazemos. Em geral, quando partimos de um lugar ruim, quando precisamos. O Rubro-negro não precisava. Tinha acabado de ser campeão.
Errou porque quis. Com dolo.
Errou feio. E a conta veio. Ela sempre vem. Até para o Flamengo.
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