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Neymar no Sauditão: o dinheiro vai apagar suas decepções?

Ao que tudo indica, o PSG aceitou vender o atacante brasileiro ao Al Hilal por 90 milhões de euros. Ou a bagatela de 483,5 milhões de reais.

Ele vale tudo isso? Para a Arábia Saudita, talvez. Para o mundo do futebol que verdadeiramente importa, não.

Claro, Cristiano Ronaldo está lá, no Al Nassr. Mas o português tem 38 anos, 5 Champions Leagues, 5 prêmios de melhor do mundo e uma pilha de títulos relevantes. Além de ter marcado gols em 5 Copas do Mundo. Não precisa provar mais nada.

Neymar tem 31 anos, 1 Champions, zero prêmio de melhor do mundo, uma coleção de decepções em Copas do Mundo e algumas coisas a provar.

Tem uma carreira medíocre? Claro que não. Tem a carreira que se esperava dele em 2001? Longe disso.

A Saudi Pro League, o Sauditão, está cada vez mais forte e deve contar com alguma atenção de técnicos, da mídia e da torcida globais. Mas não é um lugar de construção de carreira, de perspectivas futuras, de novas responsabilidades. Pelo menos não por ora.

Neymar não conseguiu lugar no topo da pirâmide. Então foi ganhar muito dinheiro. Dinheiro que desafia a lógica: cerca de 860 milhões de reais em dois anos. Dinheiro que confirma a insanidade do capitalismo selvagem. Dinheiro que deve fazer tudo valer a pena.

Dinheiro que talvez apague a frustração de nunca ter sido o melhor. De não ter conquistado mais. De continuar sendo um "menino". De não ter sido um ídolo inquestionável. Ou não.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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