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Espanha vence maior Copa feminina da história: nosso sucesso não tem volta

Em sua terceira participação em Copas do Mundo, a Espanha se tornou campeã mundial diante de um público de 76 mil pessoas em Sydney e milhões espalhadas pelo planeta. Isso é enorme.

Com gol da capitã e gigante Olga Carmona já aos 29 minutos de partida, dominaram a partida e só não venceram com mais tranquilidade porque a goleira Mary Earps fez milagres e defendeu um pênalti cobrado por Hermoso, aos 24 da segunda etapa.

Superando uma grave crise com o técnico Jorge Vilda e a Federação, as espanholas superaram uma seleção europeia atrás da outra para chegar à final: Suíça, Holanda, Suécia e as inglesas, atuais campeãs continentais. As leoas, aliás, confirmaram sua força no cenário global e não entrarão mais em qualquer torneio sem favoritismo.

Escrevi aqui sobre os fatores que explicam essas duas potências e as lições que elas trazem.

Além do futebol de altíssimo nível, recheado de golaços, demonstrações de força, técnica e tática, além dos estádios lotados, a Copa do Mundo feminina teve algumas coisas que a masculina não teve.

Ao contrário do evento no Qatar, a edição das mulheres acolheu a todos. Para além das diversas atletas abertamente LGBT, o amor foi recebido abertamente na torcida, na mídia, em toda a parte.

A cobertura também foi melhor. Ainda que não haja comparação com o nível de atenção dado ao masculino, as transmissões foram mais leves, criativas, inovadoras. Especialmente no streaming. A CazéTV fez um trabalho histórico, encontrando um lugar onde não apenas os jovens se sentem confortáveis.

Até a FIFA saiu da casinha. Estreou uma tecnologia de videogame, mostrando a movimentação das atletas em campo, em uma iniciativa que agradou até a tia aqui.

A evolução do futebol feminino, finalmente, acontece em progressão geométrica.

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Não é coincidência a presença de duas seleções inéditas na final, do público enorme, da qualidade do futebol.

Nunca faltou bola. Nunca faltou interesse. Só faltava oportunidade.

Não pode faltar mais.

Nosso sucesso não tem volta.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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