Demissões no feminino e Diniz no masculino: há método na loucura da CBF?
O desligamento de Pia Sundhage surpreendeu pouca gente ontem. Nada no seu desempenho na Copa, especialmente na partida que eliminou a seleção ainda na fase de grupos, ou as declarações subsequentes da CBF davam a entender que ela permaneceria até os Jogos Olímpicos.
O que vem chocando a comunidade é a extensão da lista de demissões, incluindo nomes de áreas como assessoria de imprensa, passando pelo preparador de goleiras, a coordenadora de seleções femininas e até o técnico do sub-20, Jonas Urias. Exatamente um ano depois de Urias ter conduzido a base ao melhor resultado das mulheres do Brasil até hoje: o terceiro lugar no Mundial Sub-20, em 2022.
Terra arrasada. Exatamente o que se temia.
O trabalho de Pia e sua comissão seria sempre julgado pelo desempenho na Copa. Inevitável e parte do pacote.
Mas e o resto? Nada prestou no ciclo? Um pódio no Sub-20, justamente o torneio que propulsiona as atletas para o sucesso na seleção principal (vide Espanha)? Da coordenação à assessoria, tudo precisava mudar? Sem sequer ter definido quem assumirá o lugar deixado pela sueca?
Afinal, houve sondagem ao Corinthians por Arthur Elias, mas seu nome ainda não foi definido ou anunciado.
Assim como Ancelotti não pode ser anunciado, o que a CBF resolveu colocando um treinador de clubes no comando da seleção masculina principal simultaneamente, enquanto espera o europeu que não pode assinar nenhum compromisso de que virá de verdade até 2024. Confusão recheada de conflito de interesse com uma pitada de "pra que isso, irmão?"
Se há método na loucura, o presidente Ednaldo Rodrigues ainda não fez questão de explicar.
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