Coelho fala de Operação Salva Vasco enquanto tem Operação 'Salva Agressor'
O América-MG usou um lance de expulsão clara como evidência de uma suposta Operação Salva Vasco. Uma ação do sistema para impedir a queda do cruzmaltino.
A braçada de Maidana em Vegetti é tão escancarada e violenta (ainda que possivelmente não intencional) que me levou a algumas considerações.
Primeira opção: a credibilidade da arbitragem é tão baixa, que o clube acreditou que qualquer argumento contra o VAR iria colar. Ah, ninguém acredita mesmo no que os caras falam e eles erram tanto, que não custa nada plantar essa dúvida.
Segunda opção: desespero. Depois de um primeiro tempo em que finalizou 14 vezes sem permitir nenhum chute ao Vasco, o Coelho entrou em pânico: não é possível, até quando a gente faz tudo certo, tudo dá errado.
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Terceira opção: ingenuidade. O capitão Juninho, conhecido por sua ponderação, pode ter acreditado (sem ver as imagens) que, de fato, não havia motivo para o cartão vermelho.
Quarta opção: desfaçatez. O presidente Marcus Salum bradou revoltado na coletiva, apontando dedos e tirando o seu da reta. Ele dispôs de tempo para ver as imagens. Achou mesmo absurda a expulsão do zagueiro?
Porque ele certamente não achou absurdo contratar o atacante Pedrinho, dispensado do São Paulo por conta de acusações de agressão e ameaças à ex-namorada. Ou o lateral Marcinho, que atropelou e matou dois ciclistas no Rio, fugindo sem prestar socorro. Ou Rodrigo Varanda, também acusado de agressão pela ex-namorada. Ou Danilo Avelar, afastado pelo Corinthians depois de um episódio de injúria racial.
Enfim, uma coisa é uma coisa e outra coisa é ser coerente.
O time mineiro tem mais bola do que mostra a tabela. Mas o problema, pelo menos ontem, foi a falta de pontaria com os pés e as palavras. Não o fato de o VAR ter identificado a pontaria certeira de Maidana com a mão.
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