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Fortaleza perde chance de se tornar maior do Nordeste, mas já é gigante

O Fortaleza perdeu a chance de se tornar o maior do Nordeste. Por um pênalti. Por um goleiro imenso no meio do caminho. Por mérito da LDU. Por muito pouco. Por tão pouco.

E isso apaga o trabalho de anos, a constância, a responsabilidade, o investimento de longo prazo, a competência de se tornar uma força nacional, um time de Libertadores? Não.

Mas maior só se é com títulos. A coroação de um trabalho. Como fizeram Sport e Bahia, com seus títulos nacionais. O Bahia segue com mais participações na série A e em torneios internacionais. Se não cair este ano, tem tudo para ser a outra grande força do Nordeste.

A derrota nos pênaltis para a agora bicampeã LDU doeu até em que não torce para o Leão do Pici. Imagino o sentimento tricolor, de quem combateu a desconfiança, as limitações financeiras e a logística de competições em um continente de geografia gigante e malha aérea minúscula.

O Fortaleza tem (porque manteve) Vojvoda, um dos melhores e mais longevos técnicos do Brasil. Que entendeu rapidamente como funcionava o futebol brasileiro, e não se deixou levar pela tentação de treinar um time "maior".

Ficou naquele que é o maior, do Nordeste, hoje. De longe. É uma força nacional. Um clube de Libertadores. Que, este ano, chegou onde Corinthians, Botafogo, Red Bull Bragantino, São Paulo e tantos outros não chegaram.

O Fortaleza é grande. Mas ainda falta a América.

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