Cautela no Brasileirão: o herói de hoje pode ser o bagre de amanhã
Alguns dirão que sou inocente. Poliana. Passa-pano. Eu direi: cautelosa.
Se tem uma coisa que este Brasileirão nos ensina semanalmente é que nenhuma lógica sobrevive a cinco rodadas.
O Palmeiras que protagonizou contra o Botafogo a virada histórica e o Flamengo que meteu 3 a 0 no Palmeiras dias depois são os mesmos que, há poucas semanas, perderam para o Santos. O mesmo Peixe que, entre um e outro, tomou 7 a 1 do Inter, que segue patinando na metade inferior da tabela.
O Abel que insistiu na formação com três zagueiros, e tomou cinco gols nos primeiros tempos contra Bota e Fla, é o mesmo que mudou completamente a forma de jogar da equipe e abriu caminho para uma reviravolta épica.
Classificação e jogos
O mesmo Endrick que agora é um injustiçado pelo pouco espaço entre os titulares já foi cornetado pela torcida no início do ano. Rony oscila entre herói e perna-de-pau com a mesma frequência que eu mudo de cabelo.
Preciso falar do Botafogo?
O Red Bull Bragantino dependia apenas de si para levar a taça e foi para cima do São Paulo com ânimo semelhante ao meu enfrentando a louça na pia.
Na sua melhor partida do ano, o melhor elenco do Brasil fez 2 a 0 com igualdade numérica e 1 a 0 com vantagem. Podia ter sido muito pior para o Palmeiras, depois da expulsão de Gómez aos 3 da segunda etapa. Mas não foi. O time até criou. Más línguas dirão que nem ficou tão pior assim, com a saída de uns veteranos apagados e a entrada das crias.
Verdão e Massa Bruta perderam a chance de dormir na liderança. Seguem colados na Estrela Solitária, que hoje pode se reencontrar ou trazer definitivamente o Tricolor Gaúcho para a festa. O Flamengo, para preocupação de todos, está vivo. É isso o que sabemos, por ora.
No mais, cautela e canja de galinha.
O gênio de hoje pode ser o bagre de amanhã.
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