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Soberba ou estratégia: Gabigol quer sair do Flamengo?

A postagem de Gabigol em celebração aos 128 anos do Flamengo foi, sem dúvida, uma celebração a ele próprio.

Aquele que é maior que Zico. Maior que o clube. Que conquistou, sozinho, duas Libertadores. O verdadeiro rei.

Aquele que vive a sua pior temporada no Rubro-Negro. Que marcou 5 gols no Brasileiro e 20 no ano todo, com média de 0,35 por partida (Paulinho tem 17 pelo Galo, só no Brasileirão). Que virou banco de Pedro. Que não acerta um chute na direção do gol há dez jogos. Que nunca finalizou tão pouco. Que é líder em cartões há quatro temporadas, batendo 16 amarelos e dois vermelhos em 2023.

Gabigol nunca deu sinais de ser um cara desprovido de inteligência. Pelo contrário.

Ele tem vínculo com o Flamengo até o fim de 2024. Pelo que se diz, uma renovação até 2028 estaria encaminhada.

Então, o que levaria o atacante a postar uma imagem em que se coloca acima do maior ídolo do clube? Aquele que é inquestionável. O maior de todos. O ídolo máximo. O Zico.

Apenas empáfia?

Gabriel, afinal, nunca deu sinais de ser um cara modesto. Mas a atitude pareceu exagerada até para seus padrões. Uma arrogância extrema. Uma provocação desnecessária, no dia do aniversário de quem ele deveria homenagear. Estando em baixa, sem moral, sem crédito para gastar.

Fiquei intrigada. Seria então outra coisa, caso pensado, estratégia?

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Estratégia de negociação, mostrando o quanto se acha grande e não se importa de irritar a nação? Estratégia para cavar uma possível saída, para algum lugar onde se sinta mais valorizado? Estratégia para bombar suas redes sociais e se manter na pauta?

Talvez. Mas pegou mal.

Um cara que marca dezenas de gols e dá um caminhão de assistências, que contribui para temporadas históricas e vitoriosas, pode fazer praticamente o que quiser. Exibir a marra que bem entender. Pode até errar fora de campo, impunemente.

Gabigol não é mais esse cara. Gabigol agora é o cara que erra dentro de campo. E, com esse tipo de cara, a paciência da torcida fica igual à memória no futebol: curta. Bem curta.

Gabriel Barbosa deveria saber disso.

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Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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