Santos passa pela 'barganha' do luto, mas esbarra em delírios e desespero
O Santos foi recusado pelo jovem Thiago Carpini, do Juventude. O promissor técnico topava o desafio, desde que Marcelo Fernandes e Elano saíssem de cena. Não rolou e ele pulou fora.
Dizem os rumores do Mercado da Bola que o clube também abordou Juan Pablo Vojvoda. Além de descobrir que sua comissão técnica não é barata, teria recebido a confirmação de que o técnico pretende cumprir seu contrato até o fim, permanecendo até dezembro de 2024. O famoso "Não, obrigado".
Confesso que minha primeira reação foi admirar a autoestima do Peixe. Acharam mesmo que o treinador argentino que levou o Fortaleza a uma final continental, um dos mais elogiados do país, que teria dito não a sondagens de Corinthians e Flamengo, largaria o projeto tricolor para assumir uma equipe na Série B?
Para comandar um clube que, nos últimos três anos, trocou de comando a cada 20 partidas? Que vem de dois quase rebaixamentos no Paulista. Que, em 2024, não jogará nem a Copa do Brasil. Que vai tirar dinheiro sabe-se lá de onde. Um clube cuja torcida incendeia as coisas, literalmente.
Mas, claro, um clube que talvez não jogue de branco. Ou use a 11. Que tem a atenção de Neymar. Enfim, as coisas que importam.
Como disse o meu colega e amigo Lucas Prata, o Caju: dentre as fases do luto, o Santos está na da barganha. "Também conhecida como negociação. A pessoa tenta criar uma ficção de que a morte é algo que podemos impedir, ou seja, ela fantasia reverter o ocorrido, buscando estratégias para tornar isso possível."
Mais ou menos uma vitamina de ilusão, má gestão e uma pitada de desespero.
Fica a sugestão para um novo podcast: Medo e Delírio na Vila.
Siga Alicia Klein no Instagram e no Twitter
Leia todas as colunas da Alicia aqui
Deixe seu comentário