Alicia Klein

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O que torna o Palmeiras melhor que o Fluminense

Tudo bem, admito: o título é um pouco bait. Uma maneira de aproveitar o momento pós derrota para o City e de divulgação do Pesquisão do UOL. Neste último, 43 jogadores da Série A elegeram o Palmeiras o melhor do Brasil com 53,4% dos votos, contra 20,9% do Fluminense, segundo colocado.

A comparação entre os dois, porém, me parece bem oportuna.

Parte da repercussão da goleada sofrida ontem pelo Tricolor me chamou a atenção pela parcimônia nas críticas.

O Fluminense dominou o City por 15 minutos. O Fluminense se impôs diante do campeão mundial. O Fluminense perdeu mantendo suas convicções.

Acho maravilhoso ter convicções. Acho ainda mais maravilhoso ter a capacidade de abrir mão delas ao notar que a vaca está galopando para o brejo.

Os 4 a 0 de ontem empatam com os 4 a 0 que o Santos tomou do Barcelona, em 2011, como a pior derrota em finais de Mundial de Clubes desde 2000. E aquele esquadrão catalão ostentava Piqué, Mascherano, Puyol, Xavi, Iniesta, Fàbregas, Messi e companhia no auge. Pep Guardiola voando.

Esse City é incrível, mas não está voando. Mesmo assim, precisou de apenas 40 segundos para punir a equipe carioca por seus erros. Que não foram poucos e não terminaram impunes.

Sair tocando a bola na defesa, trocando passes convictos diante de tantas estrelas, é um ato de coragem. É bacana. É legal. Mas moral, orgulho e princípios não ganham jogo.

Fernando Diniz disse na coletiva: "Conseguimos ser Fluminense contra o melhor time do mundo". Sim, e o resultado final foi uma derrota imponente.

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O Fluminense é o atual campeão da América. Inconteste. Histórico. O Palmeiras é o atual campeão brasileiro e detentor de vários outros títulos recentes, inclusive duas Libertadores. Inconteste e histórico, não por suas convicções, mas pela capacidade de variá-las de acordo com o momento, o adversário e as adversidades.

Gosto não se discute. Mas se orgulhar de sofrer goleada é um pouco muito.

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