Fluminense brilha e futebol sul-americano padece
O Fluminense começa o ano com a alegria de se lembrar campeão da Libertadores e finalmente exorcizar o fantasma da LDU. Campeão da Recopa Sul-americana, no finalzinho, com enorme pressão e quase 30 finalizações.
Quando a partida parecia se encaminhar para um resultado nada justo, brilhou a estrela de John Arias. Logo brilhou também um cartão vermelho para John Kennedy, colocando em risco a superioridade tricolor. Mal deu tempo de sofrer: um pênalti infantil em Renato Augusto e mais uma oportunidade para Arias estufar as redes, aos 45 do segundo tempo.
Brilharam também os bem menos jovens Marcelo, Renato Augusto e Douglas Costa.
O Fluminense é campeão, com um time cheio de talento e a capacidade de sobreviver nos momentos mais improváveis. Sobreviver, inclusive, aos próprios erros.
Classificação e jogos
A nota triste da noite vai para o futebol sul-americano. Em uma vibe meio Libertadores dos anos 1990, teve de tudo: pressão absurda no juiz, cera sem fim, quarto árbitro acossado, treta generalizada na área técnica, gente expulsa dentro do túnel, gandula sumindo com a bola. E teve Felipe Melo sendo, bem, Felipe Melo.
A raça nos empolga, as vitórias ditas épicas em circunstâncias dramáticas ficam para sempre na memória. Embora eu considere um título bastante modesto este da Série A contra a Série B do continente, não deixa de ser um título continental.
Assim como não deixa de ser continental essa coisa mala de desrespeitar adversário, arbitragem, comissões técnicas, audiência e até a bola. Será que um dia a gente vai ser menos amador?
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