Alicia Klein

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Sem provas e sem remorso, Robinho faz tentativa pífia de escapar

Como se sabe, ou deveria saber, Robinho foi condenado na Itália a nove anos de prisão, por estupro coletivo. Em última instância. Não cabem recursos e ele não cumpriu sua pena. Só está solto porque se mandou para o Brasil antes da condenação e o país não extradita seus cidadãos.

Agora, diante da iminente decisão do Superior Tribunal de Justiça, que pode determinar que ele pague por seu crime em uma prisão brasileira, o ex-jogador resolveu dar uma entrevista à Record.

Em um cenário quase religioso, ele vestiu branco, como sua entrevistadora, e tentou se defender. Disse que não disse o que disse. Brigou com os fatos — e as gravações. Afirmou ser vítima de racismo.

Essa talvez seja a única questão digna de debate. Um jogador famoso, branco e italiano teria sido tratado da mesma forma? Talvez, não. O que não muda o fato de que havia provas contra ele e seus parças. Provas que sua defesa foi incapaz de refutar, em todas as instâncias da Justiça. Também vale notar que Ricardo Falco, outro condenado no caso, é branco.

Robinho não levou provas à televisão, muito menos remorso. Levou apenas arrogância, desculpas e argumentos sem qualquer fundamento. Como se a nós coubesse acreditar na sua palavra, contra a da vítima, contra os áudios, contra as evidências, simplesmente por ele ser quem é.

Alguns podem se esquecer, por todos os serviços prestados ao futebol, pela resenha e pela ótima companhia de futevôlei que ele deve ser. Mas, hoje, Robinho é, acima de tudo isso, um estuprador condenado.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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