Brasileiro mal começou e já está claro o que temos de pior
Dez jogos pelo Brasileirão e ao menos uma certeza: precisamos melhorar muito. Não um clube ou outro: a competição mesmo. O nosso futebol. Pelamordedeus.
Vários times já remendados pelo peso da temporada, gramados ruins e arbitragens que explicam por que existe comentarista de arbitragem no Brasil.
Fagner aparentemente só será expulso quando cometer um crime hediondo. A não expulsão do lateral foi apenas um dos piores momentos da partida entre Corinthians e Galo, na Neo Química Arena.
No Serra Dourada, Ayrton Lucas tomou um pé alto na cara e nada. Alix Vinícius fez falta em Pedro e tomou vermelho direto, supostamente pela chance clara de gol do atacante. O pênalti contra o Atlético-GO, nos acréscimos, que rendeu a vitória ao Rubro-negro carioca e vermelho para Maguinho, só foi marcado depois de muitos replays no VAR — nenhum deles 100% convincente, na minha ousada opinião.
O Grêmio já não teve a mesma sorte. Lucas Piton, do Vasco, colocou o braço na bola e nada. VAR e nada.
No Barradão, dois impedimentos duvidosos pararam ataques do Palmeiras, além de cartões amarelos desnecessários para os dois lados.
Erros grandes, erros pequenos. Resultados de análise de VAR anunciados para todo o estádio em alguns lugares e em outros, não. Árbitros inexperientes estreando em jogos grandes.
John Textor deve estar salivando, afinal parece se importar menos com o Botafogo dentro de campo (que já perdeu de virada, para o Cruzeiro) e mais com provar uma teoria conspiratória qualquer.
Antes fosse. Antes houvesse uma solução simples: prendam os conspiradores! Cortem-lhes a cabeça!
Infelizmente, o problema até é simples, mas tremendamente complexo: somos despreparados. Nossos árbitros, nossos dirigentes, nossos jogadores e nossas comissões técnicas. Os primeiros não estão preparados para apitar melhor e os demais, para lidar com as decisões de pessoas em quem já começam não confiando.
Em um esporte no qual circula tanto dinheiro é quase inacreditável que não se consiga uniformizar minimamente a qualidade do que é tão essencial para o valor do produto final. Colocar atletas que ganham milhões para atuar em campos de várzea, dependendo de amadores para manter a ordem. Brilhante.
Depois de tomar 4 a 0 do promissor Athletico-PR, o Cuiabá é o atual lanterna da competição. Mas o pior da competição é a competição. Calendário ruim. Gramado ruim. Arbitragem ruim. E vai ficar assim.
A menos que John Textor nos salve de nós mesmos. (Risos)
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