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Fluminense vai ter problemas em 2024 se não esquecer 2023

Sim, o Fluminense foi campeão da Libertadores, disputou o Mundial até o final ano, começou este meio atrasado, já sendo campeão da Recopa, exorcizando o fantasma da LDU.

E foi só. Sem apresentar um futebol consistente desde dezembro, o clube justificou os tropeços com o início tardio, a preparação adiada etc. etc. etc.

Só que agora até o Brasileirão já está on — e o Fluminense ainda não. Ontem, saiu de Salvador com uma derrota por 2 a 1 para o Bahia, que poderia ter sido pior.

Mérito do Tricolor baiano, claro. Mérito especialmente da equipe da Arena Fonte Nova e dos torcedores, que resistiram ao temporal soteropolitano, responsável por paralisar a partida por mais de uma hora.

O Fluminense abriu o placar logo aos 3 minutos, depois de uma falha de um Arias, aproveitada pelo outro Arias e concluída em gol por German Cano.

O jogo foi suspenso aos 16 minutos, assim como o futebol da equipe de Diniz. Cauly empatou com um golaço, aos 34, e Caio Alexandre virou aos 15 da segunda etapa.

A fim de buscar o empate, Diniz foi para cima. Em determinado momento, havia sete atacantes de origem em campo — e nenhum zagueiro. Não deu outra: um monte de contra-ataques do Bahia, alguns inacreditavelmente desperdiçados.

Conservadorismo nunca foi a marca do treinador, mas o que temos visto do Fluminense em 2024 é um time que, embora consiga manter maior posse de bola, se expõe tremendamente e agride pouco.

Antes, podia até tomar dois gols. Aí ia lá e marcava quatro. Agora, não. Ficou de fora das semifinais do Carioca, perdendo duas vezes por 2 a 0 para o Flamengo e por 4 a 2 do Botafogo. Não vence clássicos regionais há um século e iniciou o Brasileiro empatando com o Red Bull Bragantino por 2 a 2, no Maracanã.

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Não dá para dizer que faltaram reforços. O que faltou foi encorpar a defesa, tentar repor a perda gigante de Nino. Em vez disso, o Flu trouxe uma série de atletas experientes, que entregam tecnicamente, mas não podem jogar 90 minutos. É o segundo clube do país com mais gente no DM neste ano, atrás apenas do São Paulo.

Nada vai apagar a campanha histórica de 2023, e a Libertadores conquistada com talento e raça. Elas só não servem mais para justificar o desempenho frágil apresentado desde então.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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