Real Madrid derruba Neuer, prova pacto e vai a Londres como favorito
Está definida a final do maior torneio de clubes do futebol mundial. Sem Manchester City. Sem PSG. Mas com eles, sempre eles.
De um lado, o estoura-bolão, a zebra em que pouca gente teria apostado no início da competição: o Borussia Dortmund, campeão em 1997, em cima da Juventus, e vice do Bayern, em 2013.
Do outro, pela 18ª vez, o Real Madrid.
Na semifinal contra o City, um amigo me mandou mensagem já no finalzinho: coisa linda esse time do Guardiola, a posse de bola os toques envolventes, a consciência. Respondi a ele: é, mas precisa marcar, porque do outro lado está o Real. Quem não faz cai nas garras do Ancelotti.
Classificação e jogos
Não deu outra. Os merengues se seguraram até os pênaltis e mataram os ingleses dentro de sua própria casa.
O peso da camisa é o peso da camisa. Nas últimas 14 edições, o Real chegou a 12 semis.
Hoje, o Madrid martelava o Bayern impiedosamente no segundo tempo. Sabe aquela piada "todo goleiro contra o meu time vira o Neuer"? O Bayern tem o original. O Neuer estava sendo o Neuer contra os espanhóis.
Um milagre atrás do outro, Vini Jr. deitando no Kimmich. Aí Kane escapou, meteu uma linda bola para Davies e o lateral marcou seu primeiro gol nessa Champions, aos 23 da etapa final.
Três minutos depois, parecia que a sina se manteria. Mas o gol de empate acabou anulado por falta clara de Nacho em cima de Kimmich — a arbitragem levou cerca de um minuto para analisar o lance no VAR.
O já demitido Thomas Tuchel fechou a casinha. O já renovado Carleto colocou Modric, Camavinga, Brahim Diaz e Joselu.
Como os roteiristas do futebol gostam de uma boa ironia, foi uma falha do até então sobrenatural goleiro que levou ao gol de um jogador saído do banco, aos 43 minutos. Neuer bateu roupa e Joselu bateu para o gol. Empate, na sequência de um contra-ataque perdido pelos alemães.
A bola pune. O Real Madrid pune mais.
Aos 45, o VAR precisou olhar, mas Joselu não estava impedido. A 12a virada madridista: 2 a 1. O pacto não expirou. Continuou valendo até os 12 minutos de acréscimo, em uma falha bizarra da arbitragem, que parou um lance de gol por impedimento nada claro dos visitantes.
O peso da camisa é o peso da camisa. A do Bayern München não é levinha, mas a do Real se mede em toneladas.
Caberá ao Borussia Dortmund tentar quebrar o conchavo dos caras com a "orelhuda". Desejo sorte. E um estoque reforçado de cerveja nos pubs londrinos.
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