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Fernando Diniz precisa encarar o verdadeiro problema do Fluminense

O Fluminense perdeu mais uma ontem. O Botafogo venceu por 1 a 0, mas teve chance de vencer por 3, 4 ou 5. O Tricolor ofereceu inúmeras oportunidades ao Glorioso, algumas delas desperdiçadas cara a cara com o goleiro Fábio, que ainda operou alguns milagres.

Mesmo com 56% de posse de bola, a equipe de Diniz finalizou apenas seis vezes, nenhuma delas no gol. O time de Arthur Jorge conseguiu 19 finalizações, seis no alvo, com catorze escanteios contra dois do adversário. Um amasso.

Aí o culpado, ainda que parcialmente, é o gramado? Foi o problema também na derrota por 3 a 0 para o Corinthians — única vitória do Timão contra time de Série A em todo o ano de 2024?

Claro, a volta de Samuel Xavier e André, fundamentais para aquela saída de bola cardíaca que vive deixando Fábio na fogueira, ajudará muito. Assim como a chegada de Thiago Silva, que poderá estrear depois de 10 de julho, suprindo o enorme buraco deixado por Nino. Mas a ausência de Arias, convocado pela Colômbia para a Copa América, deixou o Fluminense de Diniz lento e sem repertório.

Não vemos jogadas ensaiadas, saídas rápidas, movimentos inesperados. É tudo previsível. O próprio treinador disse que eles são estudados agora. Claro, nenhum profissional que se preze vai enfrentar o atual campeão da América sem fazer a lição de casa. Mas essa lição está ficando cada vez mais fácil, graças à inabilidade do comandante em se reinventar — e em fazer contratações diferentes.

Há enorme potencial neste elenco e Diniz já conquistou uma Libertadores com suas ideias. Só é hora de admitir o verdadeiro problema, se houver intenção de solucioná-lo.

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