'Frágil', Cuca desiste do clube que o abraçou quando ele mais precisava
Ontem, depois do empate do Athletico com o Corinthians, de novo sofrendo gol nos acréscimos, o técnico Cuca comunicou aos jogadores que não permaneceria no clube. Depois se encaminhou para a sala de imprensa e disse na coletiva que conversaria com a diretoria para determinar o seu futuro.
O futuro foi selado nesta manhã com a oficialização de sua saída.
Aparentemente, Cuca estava incomodado com os gritos de "vergonha" da torcida, insatisfeita com os últimos resultados. E olha que a vergonha era só pelos resultados dentro de campo.
Curioso, né? O homem que escapou de precisar responder publicamente pelo estupro coletivo de uma menina de 13 anos agora está incomodado com a cobrança da torcida por um trabalho mediano como treinador*.
Depois de uma sequência de três empates (todos levando gol no finalzinho), ele deixa o Furacão na quinta colocação do Brasileiro, o que é bastante razoável considerando que dois dos primeiros lugares parecem eternamente reservados a Flamengo e Palmeiras. Apesar da surpreendente derrota para o Sportivo Ameliano em casa, o Athletico segue vivo na Sul-Americana.
Mas a pressão no clube que o acolheu quando ele tanto precisava foi demais para Cuca. Que barra. Força, guerreiro. Tenho certeza que as coisas vão melhorar para você.
Não posso dizer o mesmo sobre a vítima do famoso caso na Suíça, que morreu em 2002, aos 28 anos de idade.
*Resposta enviada por Cuca ao UOL após a publicação da coluna.
"O processo mencionado teve seu julgamento anulado pela Corte da Suíça, sob os argumentos de um 'veredito injusto' e 'disparidade de armas', uma vez que ocorreu à revelia e sem a presença de um advogado durante a instrução e o julgamento. Portanto, não é correto afirmar que o notificante se furtou a responder as acusações na Suíça"
A coluna sustenta o texto, uma vez que a anulação da sentença permitiu a Cuca tratar o assunto como encerrado.
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Opinião
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