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Gabigol no Palmeiras é clássica especulação de mercado

O Palmeiras nega interesse em Gabigol. O que não quer dizer que não haja — ou possa haver, no futuro — interesse em Gabigol. Mas o perfil de Gabigol realmente difere daquele em que o Palmeiras tem focado.

Sem falar no fato de que está jogando mal, é caríssimo e carrega consigo a sombra do caso de dopagem.

A quem convém a notícia então?

A Gabigol e seus empresários.

Primeiro porque quase nunca interessa ao time que quer contratar vazar esse tipo de informação, afinal os rumores só tendem a tornar o contrato mais caro e aumentar uma possível concorrência.

Segundo porque a especulação é a alma do negócio. Fazer o mercado acreditar que o jogador está sendo disputado tende a valorizar sua situação: para dentro e para fora.

O caso Bruno Henrique é emblemático. Diante de conversas com o Palmeiras, o Flamengo acabou cedendo na renovação com o atacante em cláusulas nas quais antes parecia irredutível. O Alviverde ficou sem o craque, mas viu seu rival desembolsar um dinheiro importante, o que também traz vantagens competitivas.

Quem mais lucrou na história? BH, claro.

Ainda que o clima entre o Rubro-negro e Gabigol não esteja dos melhores, ficar na Gávea com um bom contrato não seria ruim para quem anda meio queimado na praça. Logo, semear a ideia de que ele poderia ir parar no seu maior concorrente seria uma estratégia lógica.

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Vem aí a temporada do "especulado", "consultado", "sondado", "considerado", "desejado", "na mira" e outras expressões clássicas desse mercado no qual a verdade é um conceito bastante fluido.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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