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Em noite de opostos, Fluminense respira em cima de Palmeiras desfigurado

O Palmeiras fez uma de suas piores partidas do ano. O Fluminense, uma das suas melhores no Brasileirão. A julgar pela posição que ocupam no campeonato, a vitória do Tricolor fez todo o sentido. E significa muito na dura luta para fugir do Z4.

Diante de mais de 50 mil torcedores reanimados, a equipe de Mano Menezes venceu duas seguidas pela primeira vez, manteve-se fora da lanterna e deixou o Verdão em terceiro, quatro pontos atrás do Botafogo.

Se não fosse pelo gol de Jhon Arias, aos 42 do segundo tempo, Wilton Pereira Sampaio poderia ser escolhido como destaque da partida. Ele só não leva o troféu de pior arbitragem do dia porque Glenn Nyberg conseguiu dar 15 minutos de acréscimo em Argentina x Marrocos e não encerrar a partida depois que o VAR indicou impedimento no gol de empate sul-americano. Como diriam os franceses, hors-concours.

Mas Wilton e seu padrão FIFA de qualidade prejudicaram muito a partida entre Fluminense e Palmeiras. Picotou demais, cedeu à pressão por cartões, atrapalhou ativamente o andamento do jogo.

Não que a qualidade técnica tenha sido imensa de qualquer dos lados. O Tricolor começou com toda a vontade do mundo e perdeu duas oportunidades já nos primeiros minutos, com Jhon Arias e Marquinhos. O Alviverde não se acertou com um meio-campo mais reforçado por atletas ainda sem ritmo e entrosamento (Felipe Anderson e Dudu), e sem a força que costuma ter pelas pontas (Mayke e Estêvão). Vanderlan segue substituindo bem o lesionado Piquerez.

Na segunda etapa, Mano renovou o Flu trocando Marquinhos e Cano por Kevin Serna e Kauã Elias. João Martins substituiu Veiga, Aníbal Moreno e Flaco López por Menino, Ríos e Rony. Continuou sobrando disposição e faltando realização. Maurício e Lázaro ainda entraram nas vagas de Dudu e Felipe Anderson — que poderiam ter finalizado mais —, enquanto Nonato e Marcelo ocuparam o lugar de Ganso e Martinelli.

Defensivamente, o destaque da noite ficou por conta de dois zagueiros separados por uma geração. Thiago Silva, 39, tem idade para ser pai de Vítor Reis, 18. Ambos não deixaram passar praticamente nada no Maracanã.

Já ofensivamente, pouco se viu de concreto. O Fluminense criou mais oportunidades e, mesmo pouco efetivo no alvo, acabou recompensado. Zé Rafael, já amarelado, não conseguiu parar a jogada e Jhon Arias marcou o gol da vitória. Com ele, o time carioca ainda não perdeu. Com ele, há esperança.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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