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Domingo brasileiro em Paris: em uma hora, 3 medalhas e um derretimento

Em cinco minutos, já nos acréscimos, o Brasil perdeu para o Japão no futebol feminino.

A goleira Lorena já havia defendido um pênalti no final do primeiro tempo, a seleção conseguiu abrir o placar com Jheniffer na etapa final, mas aos 44 Yasmin colocou o braço na bola dentro da área e, dali para frente, foi só para trás.

Kumagai converteu a penalidade aos 47 e, quatro minutos depois, Tanikawa aproveitou o vacilo da defesa adversária e meteu por cobertura para selar a virada e a derrota brasileira: 2 a 1.

Como costuma acontecer no Olimpo, fomos do céu que era vencer uma das rivais mais duras dos Jogos, ao relativo limbo que seria o empate, ao inferno que foi essa derrota tão célere e tão dolorida.

Pouco antes do derretimento no futebol, assistimos à fortaleza emocional que é Rayssa Leal. Uma de nossas maiores estrelas tem só 16 anos de idade.

Depois de cravar algumas das notas mais altas da história das Olimpíadas, a jovem atleta penava na rodada final. Caiu, levantou-se, caiu de novo e, quando não havia mais espaço para errar, não errou. Na quinta e última tentativa, cravou uma manobra mais segura e garantiu a medalha de bronze, atrás da dobradinha japonesa (todas com menos de 20 anos).

Rayssa não derrete.

Como não derreteu Larissa Pimenta. Atrás durante praticamente toda a disputa pela medalha de bronze no judô, contra a campeã mundial Odette Giufrida, ela tomou dois shidôs e se segurou no Golden Score até a italiana levar três punições. Mais de oito minutos de luta, resistência, foco e outra medalha para o Brasil.

Pouco antes, Willian Lima conquistara nossa primeira medalha em Paris. Com derrota, mas na final contra o bicampeão olímpico Hifumi Abe. Muito emocionado, o judoca de 24 anos realizou o sonho de pendurar o sonho de prata no maior sonho de todos: o filho Dom, ainda bebezinho, que viu a conquista do pai ao vivo, na Champs de Mars Arena.

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Está cada vez mais fácil se apaixonar pelos esportes olímpicos. E cada vez mais difícil acreditar no nosso futebol.

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