Skate, atletismo, vôlei, nado artístico: o contraste dos esportes olímpicos
Assistir aos Jogos Olímpicos é uma constante surpresa. Em um canal, a tradição do atletismo. Velocistas, fundistas, arremessos, saltos. Um clássico.
No outro, o vôlei de praia. Familiar, querido, caloroso, ainda que dominado por países nórdicos.
De repente, entra o skate. No feminino, umas crianças simpáticas, meninas de camiseta, calça larga e celular no bolso. No masculino, malabares, touquinha de crochê, um clima amistoso em que todos parecem estar realmente torcendo pelo sucesso dos outros. Maior vibe.
Logo ali, o nado artístico. Uma coisa sublime, assustadora, com umas mulheres incríveis dançando sob água ao som de Eminem. Beleza e acrobacias.
Ali um hipismo, tiros, esgrima. Aqui um caiaque cross, uma escalada e um breaking.
Mundos totalmente distintos e unidos por uma força: a capacidade do brasileiro de torcer com a convicção de quem não entende bem o que está acontecendo, mas tem certeza que a arbitragem errou. E que o Brasil vai ser ouro em tudo, pelo menos no nosso coração.
Estou sentada aqui na Casa UOL Esporte, em São Paulo, rodeada de comentaristas especializados em todas as modalidades. "Você viu a parada com o maluco dos 110m? Absurdo, mano!" "Como a China tirou uma nota melhor que a da Espanha com essa coreografia?" "Dava pro Pedro Barros ter beliscado uma medalha no park, hein?"
A Copa do Mundo é maravilhosa. Mas os Jogos Olímpicos são especiais demais. Mesmo com 19 minutos de acréscimos nos jogos do Brasil.
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