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Hugo Souza pode ser o ídolo ideal para o Corinthians

O Timão começou o ano errando tanto sob a meta, que era difícil imaginar uma solução que passasse por fechar o gol corintiano nessa temporada.

Como se não bastassem todas as outras lambanças da sua gestão, Augusto Melo conseguiu perder o ídolo-mor Cássio e o seu substituto imediato, o excelente Carlos Miguel, em um espaço de semanas. Daquelas coisas que pareceriam sabotagem não fossem a mais pura incompetência.

Então veio Hugo Souza. Depois de ascensão e queda meteóricas no Flamengo, o goleiro chegava de um ano escondido no modesto Chaves, de Portugal. Ninguém tinha dúvidas do seu talento, mas a pressão de um clube enorme, cedo demais, parecia estar custando sua carreira.

Ontem, com um mês de casa e a emblemática camisa amarela, conseguiu um feito que nem Cássio alcançou: defendeu três pênaltis na disputa contra o Red Bull Bragantino e garantiu uma classificação que, àquela altura do campeonato, parecia improvável. Três seguidos, três match points, dentro da NeoQuímica Arena.

Na vitória sobre o Grêmio, também nos pênaltis, Hugo já protagonizara uma cena digna de ídolos. Chamou os colegas para correrem juntos até a torcida, para saudar quem verdadeiramente merece. Ao contrário de seu antecessor, que preferiu correu com os colegas em direção a Cuca, naquele abraço de apoio constrangedor em 2023.

Um goleiro negro, talentoso, altivo e corajoso no Time do Povo. O simbolismo aqui é imenso. A representatividade, profunda.

Um goleiro que aos 25 anos já sabe o que é segurar a bronca da posição mais ingrata do futebol, protegendo a meta das duas maiores torcidas do país. Um goleiro que, acima de tudo, parece entender que são elas as reais protagonistas do espetáculo.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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