Com gangorra e fantasmas, Botafogo elimina Palmeiras e avança na Liberta
Em dez minutos, o Botafogo mostrou que é o melhor time brasileiro do momento e despachou o cascudo Palmeiras dentro do Allianz Parque. Por pouco, oito minutos não ressuscitaram seus fantasmas. No sobe e desce da partida, na gangorra de possibilidades, o Glorioso foi mais eficiente e está nas quartas de final.
O jogo começou como em uma realidade invertida. Quem saiu pressionando foi o Botafogo, com direito a bola na trave de Savarino e muitos sustos na torcida palmeirense. A equipe da casa demorou um pouco a acertar a marcação e passar a incomodar o adversário. E como passou a incomodar, com bons momentos de Ríos, Caio Paulista, Estêvão, Flaco López.
O Glorioso não conseguia segurar a bola no campo de ataque, totalmente entregue à defesa nos últimos minutos da etapa inicial. Nas cordas. Para sorte dos visitantes, a arbitragem deu apenas três minutos de acréscimo, apesar de todas as paradas e morosas reposições alvinegras.
No intervalo, Mateus Martins substituiu o lesionado Luiz Henrique e Lázaro entrou no lugar do lento Felipe Anderson, deixando o Palmeiras com os mesmos 11 que haviam iniciado a partida contra o São Paulo.
O Palmeiras até seguiu bem no início do segundo tempo, mas bastou um vacilo da defesa para o Botafogo deixar o seu. Matheus Martins se desvencilhou de Vitor Reis e acionou Savarino que, mesmo pressionado por Zé Rafael, conseguiu tocar para Igor Jesus marcar outra vez no confronto: 1 a 0.
Aos 15, mais trocas. Abel Ferreira tirou Ríos e Rocha, colocando Rony e Gabriel Menino. Artur Jorge trocou Cuiabano e Igor Jesus por Hugo e Tiquinho Soares.
Sem lateral direito, o Palmeiras viu o time carioca escapar rapidamente. Matheus Martins recebeu pelo meio, Gustavo Gómez não cortou e Savarino não perdoou: 2 a 0.
Tome pressão palmeirense. Teve até tentativa de bicicleta de Rony. Como em boa parte do confronto contra o Flamengo, não conseguia transformar chances em gols.
Até que a gangorra se moveu. Aos 40, Gabriel Menino encontrou López na área e diminuiu o prejuízo de cabeça: 2 a 1. Aos 44, a bola sobrou para o intrépido Rony igualar o placar. Aos 48, Gómez fez aquele que seria o gol da virada, de mais uma remontada épica, de um resultado inacreditável. O VAR não deixou. Bola na mão do zagueiro, bola na trave de Menino e empate definitivo.
Desde 2017, quando caiu nos pênaltis para o Barcelona-EQU, não saía da competição nas oitavas. Abel não conhecia a queda antes das semis.
Ao Palmeiras, então, resta o sonho do tri consecutivo do Brasileirão, hoje liderado pelo Botafogo, que segue adiante maior do que nunca — mas com um fantasminha rondando por aí.
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Opinião
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