Alicia Klein

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O surpreendente abismo que separa Vasco e Corinthians

Ontem, pelas partidas de ida das quartas da Copa do Brasil, o Corinthians perdeu para o Juventude fora de casa, por 2 a 1, com um gol já nos acréscimos. O Vasco venceu o Athletico-PR pelo mesmo placar, em São Januário, também no apagar das luzes.

Uma derrota fora e uma vitória em casa por um gol de diferença não garantem nada a ninguém. Nada está perdido e nada está ganho. Mas a sequência dos dois clubes até aqui dá a sensação de que o Corinthians está, sim, perdido e o Vasco está, ao menos, a salvo.

Em 2024, o Cruzmaltino jogou 43 vezes e perdeu 12, com um saldo positivo de sete gols. O Timão, que entrou em campo 51 vezes, tem 19 derrotas e saldo positivo de oito. Para alcançar o número de reveses do rival, o Vasco precisaria de sete derrotas em oito jogos.

No Brasileirão, os cariocas ocupam um confortável oitavo lugar, a nove pontos da zona de rebaixamento, que se tornou a casa do Corinthians na temporada. O dado mais impressionante, para mim: em 23 partidas o Gigante da Colina soma nove vitórias, contra apenas quatro do Alvinegro paulista, que ostenta um saldo negativo de 10 gols e menos pontos do que partidas disputadas (22 em 24).

O ano se pintava como um pouco incerto para ambos, com mudanças estruturais importantes: 777, Pedrinho, saída de Duilio, chegada de Augusto Melo. Turbulência à vista e mares revoltos.

Passados alguns meses, com o mesmo Ramón Díaz que "salvou" o Vasco do rebaixamento em 2023, o Corinthians não dá sinal de melhoras. Sob o comando do jovem Rafael Paiva, o Cruzmaltino vem mostrando um poder de reação que está lhe permitindo sonhar até com uma vaga na Libertadores.

É quase setembro e os cariocas parecem estar no caminho certo. Os paulistas, cada vez mais perto do abismo da Série B, parecem nem saber onde fica o caminho.

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