Epidemia de lesões no Flamengo: falta de sorte ou de juízo?
Em 2022, escrevi uma coluna com um título praticamente igual a esse, referindo-me ao que acontecia com o São Paulo naquela época. O Tricolor tinha um time inteiro no Departamento Médico, sofrendo com um enxurrada de tornozelos e joelhos rumo à mesa de cirurgia.
Em um dos momentos mais cruciais desta temporada, quem vive um calvário é o Flamengo.
Nas últimas dez partidas foram 14 problemas físicos ocorridos dentro de campo. Além desses, Pedro sofreu lesão grave em treino da seleção brasileira; Wesley, Léo Pereira e De la Cruz precisaram ser poupados por questões encontradas depois de jogos.
Neste momento, estão escalados pelo DM rubro-negro o próprio Pedro (joelho esquerdo), fora da temporada junto com Cebolinha (tornozelo esquerdo) e Viña (joelho direito), além de Michael (coxa direita) e, agora, Luiz Araújo.
Desde fevereiro, depois da terceira rodada do Carioca, que Tite não pode contar com seu elenco completo. Até aí, normal. É realmente difícil qualquer clube de alto nível, disputando todas as competições possíveis, ter um DM zerado. O problema é ter um DM lotado. Caso recorrente no Flamengo de 2024.
A epidemia de lesões musculares atingiu até o recém-chegado Michael. Em sua segunda partida de volta ao clube, com apenas 22 minutos em campo diante do Bahia, sentiu a coxa e precisou ser substituído.
A boa notícia para as quartas da Libertadores é que De la Cruz deve retornar, juntando-se aos recém-recuperados Arrascaeta e Léo Pereira. A má notícia é que, depois de perder quatro partidas, Gabigol sentiu de novo a coxa contra o Vasco e pode desfalcar o banco contra o Peñarol. A presença de Gabigol não tem sido lá revolucionária, mas vai começando a faltar gente para o ataque, mesmo com as recentes contratações.
A questão que se coloca: o Flamengo precisa rever sua conduta médica e a avaliação que faz dos jogadores ou investir em uma benzedeira de qualidade? Trata-se apenas de uma maré de má sorte ou há algo tecnicamente errado no tratamento dado a este elenco tão estrelado e tão caro?
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Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
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