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Galo humilha River e personifica hegemonia brasileira na Libertadores

O Atlético-MG humilhou o River Plate, ontem, no Monumental de Núñez. Humilhou.

Depois de fazer 3 a 0 na Arena MRV, suportou a pressão de 85 mil torcedores, toda a mística argentina e a experiência de Gallardo. Ignorou solenemente. Passou por cima. Não tomou conhecimento.

Segurou-se de maneira estoica, com pouquíssimas faltas e ainda criando algumas oportunidades. O 0 a 0 em Buenos Aires talvez tenha sido ainda mais emblemático do que a goleada em Belo Horizonte. Mais representativo do tamanho deste Galo, que também disputará a Copa do Brasil, contra o Flamengo.

Representativo também do tamanho do River Plate e de seus conterrâneos, que deverão assistir a mais uma final brasileira na Libertadores (a menos que o Peñarol opere um milagre hoje à noite). No caso de El Millonario, com o requinte de crueldade de saber que a partida acontecerá na sua casa.

Se o Botafogo confirmar a sua vaga, estaremos diante da quarta final brasileira em cinco anos e do sexto brasileiro campeão em seis anos. Sexto ano seguido com um brasileiro campeão.

Ouviram isso? Esse som ali no fundo? São os gritos de desespero da Conmebol e da Federação Argentina.

O domínio atleticano nos dois confrontos contra o River é bastante simbólico, a personificação deste domínio. Apesar do destaque para os argentinos Milito e Battaglia, o brilho do Galo é brasileiro. Éverson, Arana, Paulinho, Hulk, Deyverson e companhia deixaram os adversários completamente atordoados, inertes, indefesos. Apesar da linda festa no maior estádio do continente, não houve um momento de ameaça à classificação mineira.

A disparidade econômica é, sem dúvida, um dos principais fatores responsáveis por nossa hegemonia. E ela não vai a lugar nenhum, com a expansão das SAFs por aqui e a crise vivida pelos hermanos.

Seja como for, mais uma vez eles verão a final pela televisão. Sem nem o consolo de ter chegado perto, de ter sido por pouco, sem ter uma "gota de esperança", como definiu o próprio Gallardo.

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