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Gabigol voltou? Por que é tentador acreditar nisso

Gabigol finalmente voltou a marcar em decisões. Não só uma, como duas vezes. E não foi só empurrando a bola para a rede, em lances fortuitos. Foi com participações cruciais, lances habilidosos, com aquele toque de centroavante que bota medo nos adversários.

De repente, a pergunta: ele voltou? Ainda vale milhões? Dá caldo? Pode ser a salvação do Flamengo ou do seu próximo clube?

Gabriel, sem o gol, vem de dois anos com atuações bem abaixo do seu potencial. Virou titular do banco de reservas. A porta-giratória dos treinadores da Gávea rodava e ele seguia lá, relegado. Quando as chances apareciam, quase sempre passava em branco. Virava notícia quase só por suas atuações fora de campo: festa de aniversário, camisa do Corinthians no dia de folga, punição por seu comportamento no teste antidopagem e por aí vai.

Então, quase no apagar das luzes de 2024, ele desencantou. Na bela partida que o Flamengo fez contra o forte Atlético-MG, diante de mais de 64 mil rubro-negros apaixonados, Gabigol voltou. Foi peça fundamental na vitória por 3 a 1, que deixa o Flamengo perto do título da Copa do Brasil — o primeiro relevante desde a Libertadores 2022 (vencida com gol do então camisa 9).

Voltou mesmo? Por que essa ideia é tão tentadora?

Bom, no caso do Flamengo, porque leva esperança a uma equipe que teve seu ataque dizimado por lesões. Luiz Araújo, Cebolinha e Pedro foram responsáveis por 40% dos gols da temporada. E estão todos no DM. Gabigol nunca foi tão necessário.

Mas há algo nele que, acredito, desperta uma esperança em todos nós. A esperança do gol. Do atacante efetivo, decisivo, matador. Aquele que todos querem no seu time, aquele de que a seleção tanto precisa.

Gabriel é o tipo do cara necessário ao futebol. O cara que permanece ídolo mesmo depois dos perrengues, aquele cuja marra uns amam odiar e outros odeiam amar. Aquele de quem a torcida não consegue se desapegar.

Não, não estou dizendo que ele deva ser convocado. Nem ter seu contrato imediatamente renovado com o Flamengo ou ser chamado por outro clube capaz de bancar seu exorbitante salário. É absurdamente cedo para tudo isso.

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Só não é cedo para quem ama amar e quem odeia odiar. E, para quem quer sonhar com ele na sua equipe, permitir-se acreditar que o futebol tenha de fato feito as pazes com Gabriel Barbosa.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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