Palmeiras tem só uma opção contra o Grêmio: ressuscitar sua versão 2023
Seis pontos atrás do líder, o Alviverde enfrenta o Grêmio nesta sexta, às 21h30, no Allianz Parque, sem poder considerar qualquer coisa que não seja uma vitória. Ou ganha ou começa a dar adeus ao tricampeonato brasileiro, a quatro rodadas do fim.
Já o Botafogo pega o vice-lanterna Cuiabá, amanhã à tarde, no Nilton Santos.
Muito se falou do quanto o Glorioso estaria sendo prejudicado por precisar enfrentar seu concorrente direto pelo título nacional a quatro dias da final da Libertadores, pela 36ª rodada. Pois o time vem fazendo sua parte tão direitinho, que talvez chegue à Pompeia podendo se sagrar campeão dentro da casa do adversário, mesmo sem vencer.
No Brasileirão, o Botafogo não perde desde 11 de agosto, no 3 a 2 contra o Juventude, em Caxias do Sul. De lá para cá, desperdiçou alguns pontos inesperados, mas fez mais do que o suficiente para se manter a uma confortável distância da equipe de Abel Ferreira — que, aliás, só tem o Brasileiro desde 21 de agosto.
O Palmeiras descansou, descansou e descansou. E nas últimas quatro partidas conquistou apenas dois pontos, jogando um futebol bem macambúzio.
Hoje, contra um rival histórico (geração anos 1980-90 que o diga), Abel terá a oportunidade de mostrar sua maior característica: a resiliência. A capacidade de ressurgir quando ninguém mais espera, quando todos lhe dão por vencido, quando parece impossível. Tão bem ilustrada naquele 3 a 4 contra o próprio Botafogo, em 2023.
O Palmeiras de 2024 tem se mostrado menos resiliente, menos Fênix, menos preparado para executar o inexequível.
Sim, é nessas horas que o extraordinário acontece, que o palco se apresenta para a façanha que ora parecia quimérica. A hora de brilhar, de iniciar dentro de casa mais uma remontada, de calar os incrédulos e crescer para cima de quem duvidou.
Ou não. Afinal, esse Botafogo também não é o de 2023.
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