Golpistas que tentaram matar Lula e Moraes usaram a pior versão da Copa
Os cinco golpistas presos hoje pelo planejamento da morte do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin usaram a Copa do Mundo como disfarce nas suas comunicações.
O grupo chamou o plano de assassinato e golpe de estado de Copa 2022, utilizando os codinomes Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Gana e Japão.
Os quatro militares e o policial federal fizeram parte de uma trama que pretendia impedir a posse dos homens eleitos pela população brasileira.
Não consigo deixar de pensar que nos safamos graças à incompetência dessas seleções. De gente que, com dificuldade de enviar documentos por via seguras, mandou documento de word pelo WhatsApp. Que imprimiu os detalhes de seu plano dentro da sede da Presidência, com Bolsonaro no recinto. Que não sabemos bem por que abortou a operação na última hora, com militares já posicionados no entorno da residência de Moraes.
O diálogo obtido pela PF seria cômico, não fosse trágico.
Áustria: "Tô perto da posição, vai cancelar o jogo?".
Outro integrante: "Abortar... Áustria... Vai para local de desembarque... Estamos aqui ainda. Gana... prossegue para resgate com Japão".
O jogo, afinal, acabou cancelado. Na disputa entre o golpe e a democracia, os maus perdedores desistiram da cobrança, no apagar das luzes. Por sorte, juízo ou inépcia, as luzes da República continuaram acesas.
Poderia ter sido diferente. Com jogadores melhores ou um time mais bem treinado, poderíamos não estar aqui, falando livremente em um país que ainda tem o mínimo de respeito pela vontade da população.
Ao que tudo indica, foi por pouco. Muito pouco.
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