Alicia Klein

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OpiniãoEsporte

A seleção brasileira só engana a si mesma

Raphinha saiu do empate com o Uruguai dizendo que o Brasil "jogou para c******". A rima com baralho só mostra o tamanho do buraco em que nos encontramos.

A estrela do Barcelona claramente bebeu da mesma fonte alucionógena que Dorival Jr., que há meses insiste em uma evolução que só ele vê.

Como já repeti inúmeras vezes neste espaço, o primeiro passo para resolver um problema é reconhecer que ele existe. Ou como diz a minha psicóloga, a esperança só é boa quando ancorada na realidade.

Fingir que algo está bem, quando todas as evidências apontam para o contrário, aprisiona e paralisa. Como você vai se mover para uma solução se acredita que não precisa mudar?

Nosso meio-campo não cria, nossa defesa cede chances por todos os lados, nossos pontas não encontram espaços e finalizam mal. Nosso técnico parece não ter ideias nem antes, nem durante, nem depois das partidas.

Não temos um atleta jogando o que joga no seu clube. O oposto: a Amarelinha parece causar uma queda técnica súbita, um efeito quase imediato de piora, um choque de ruindade. É nota 10 lá? É 5 aqui.

Não falo aqui de um elemento subjetivo. O Brasil está em quinto nas Eliminatórias. Não tem uma vitória significativa na temporada. Só ganhou dos piores e tomou sufoco dos melhores.

Se o comandante e o camisa 10 não enxergam isso, a gente está bem lascado.

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Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.