Vini Jr melhor do mundo: Fifa muda evento e garante momento histórico
Vini Jr. é o melhor jogador de futebol do mundo. A gente já sabia.
Não só porque a informação vazou três horas antes do início da premiação "surpresa" da Fifa, no Qatar, mas porque era o óbvio.
Ao subitamente programar o The Best para Doha, onde o Real Madrid acabara de chegar para a final do Intercontinental, a entidade máxima nos fez inferir que reverteria a injustiça cometida pela Bola de Ouro, premiando um brasileiro pela primeira vez desde 2007.
Parecia ser o único motivo razoável para a decisão de realizar, do "neida", um jantar com anúncios online, no país árabe. Sem que a imprensa pudesse se programar para cobrir o momento, sem a presença de ídolos e potenciais agraciados.
Classificação e jogos
A única explicação: cercar o time madrilenho — que boicotou o Ballon D'Or — e conseguir uma foto de Vini com o troféu. Esfregar na cara da Uefa que eles, sim, sabem quem é o melhor.
Vale lembrar quem vota em cada premiação. Na que escolheu Rodri, o colégio eleitoral é formado por cem jornalistas dos cem países mais bem ranqueados do mundo. Na de hoje, capitães e treinadores de todas as seleções, um jornalista de cada nação e torcedores.
Ou seja, menos chance de aparecerem critérios como "Rodri faz faculdade e não tem redes sociais" ou "Vini deveria focar mais no campo e não ser tão 'provocador'". Menos chance, portanto, de vencerem os racistas.
Não dá para afirmar que a justiça de agora apaga as do passado, que são tantas. Ao menos, ela nos dá a imagem que precisávamos para registrar na história o feito do nosso craque.
Torna mais fácil explicar a crianças, como o meu filho, e às gerações vindouras, que Vini é mesmo o maior. O melhor. O algoz. Talvez seja a maior contribuição da Fifa para eles desde a criação do jogo de videogame.
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