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O que pode haver de bom no vexame do Brasil contra a Argentina

É difícil olhar para o baile de ontem, no Monumental de Núñez, e encontrar esperança para a nossa seleção. O 4 a 1 saiu barato diante do desempenho assustador do Brasil. Na cobertura esportiva argentina há até um certo espanto com a disparidade entre as duas equipes. Nem eles acreditam que possamos ter chegado a este ponto.

Mas chegamos. E agora?

Os pontos negativos são fáceis de encontrar. Nosso comando técnico é horroroso, não existimos taticamente, todos os jogadores pioram com a Amarelinha, não temos brio e a CBF, bem, é a CBF.

Qual o lado bom de sermos tão ruins, você justamente pergunta? Às vezes, o choque se faz necessário para nos tirar do buraco. Às vezes, o fundo do poço é a última parada antes do início da ascensão. Às vezes, passar vergonha motiva, acorda do torpor.

Único país pentacampeão, não vemos a cor de uma final de Copa do Mundo desde 2002. Pessoas adultas não eram nascidas. De lá para cá, vencemos a Copa América em 2004, 2007 e 2019. Foi só.

Ainda assim, todos parecíamos acreditar que nunca deixaríamos o topo do futebol mundial. Dormíamos. Mesmo depois do 7 a 1. Pois bem, ontem tivemos o nosso chá revelação de status. A fumacinha saiu e, com ela, o resultado: segunda prateleira. Definitivamente abaixo da atual campeã do mundo e seus pares.

Quase sempre, entender o tamanho do problema é o primeiro passo para começar a resolvê-lo. Tomara que seja o nosso caso. E que o segundo passo seja a contratação de um técnico de ponta. De verdade. E rápido.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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