Allan Simon

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Final da Libertadores coroa semana perfeita de Luis Roberto na TV Globo

Sucessor de Galvão Bueno como titular da maior emissora do país, Luis Roberto teve uma semana perfeita na TV Globo com a narração de dois jogos épicos na história do futebol brasileiro em 2023.

Foi dele a voz que marcou a virada do Palmeiras sobre o Botafogo na última quarta-feira (1º), um 4 a 3 que era 3 a 0 no primeiro tempo. E hoje, mais uma vez, o narrador contou no canal uma página marcante do ano: o título do Fluminense na Libertadores contra o Boca Juniors.

No jogo de quarta-feira, Luis Roberto sabia que teria pela frente uma final importante dias depois, mas não poupou a voz e deu emoção a um jogo que parecia resolvido já antes dos 40 minutos.

Hoje, a empolgação foi totalmente de acordo com o que o jogo pedia. O Fluminense buscava um título inédito, uma conquista continental, e tinha pela frente um dos maiores clubes da América do Sul, o Boca Juniors.

Em uma partida recheada de tensão desde os acontecimentos envolvendo torcedores no Rio de Janeiro durante a semana, o que se viu em campo foi uma das melhores decisões dos últimos tempos na Libertadores.

O gol de John Kennedy, na prorrogação, teve o grito no tempo certo, na emoção ideal, e apresentou de vez o cartão de visitas de um narrador que ocupa um espaço que foi de Galvão Bueno por tanto tempo, e que naturalmente enfrentaria uma desconfiança de parte do público em seu primeiro ano.

Luis Roberto está na TV Globo há mais de 25 anos, tendo uma carreira longa no rádio antes disso (e com direito a passagem pela ESPN Brasil na TV paga, nos anos 1990). Ao longo dessas duas décadas e meia na emissora carioca, dividiu com Cleber Machado o espaço das transmissões do dia a dia e dos grandes eventos que não tinham a presença de Galvão Bueno.

Em um movimento que esta coluna considera até hoje equivocado, a TV Globo decidiu abrir mão de Cleber Machado no mesmo tempo em que Galvão Bueno parou de narrar na emissora, deixando com Luis Roberto a responsabilidade total e a pressão de substituir um dos maiores nomes da história da mídia esportiva brasileira.

Nesta semana, com dois momentos marcantes que serão lembrados por anos, Luis Roberto eternizou sua voz mais uma vez com grandes narrações. Agora, novos desafios virão com a seleção brasileira, que chegará ao mesmo jejum de 24 anos que vivia quando Galvão Bueno mudou de patamar com o seu "É Tetra!", Olimpíadas de Paris-2024 e muitas outras decisões.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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