TV ou streaming? Pesquisa aponta como o brasileiro viu as Olimpíadas-2024

A TV aberta foi o meio preferido de 54% dos entrevistados para ver as Olimpíadas. A mídia ainda tem um domínio entre audiências de maiores idades. Os jovens e adultos de até 34 anos já começaram uma migração para o digital. O streaming online, que teve transmissões na CazéTV, principalmente no YouTube, e com o Globoplay em sua plataforma própria, foi utilizado por 32% dos participantes da pesquisa. Entre jovens de 25 a 34 anos, 39% usaram dispositivos móveis como smartphones e tablets para as transmissões digitais dos Jogos Olímpicos.

Entre os canais, a TV Globo foi considerada por 52% dos espectadores como "a melhor cobertura" e por 54% como "mais profissional". O sportv, canal pago da Globo, foi lembrado por 29% como uma transmissão mais profissional e focada em esportes de forma mais ampla com várias modalidades. A CazéTV teve como destaque a presença forte no público jovem, sendo o canal preferido de 38% deles.

No geral, a TV Globo foi a preferida de 42% dos entrevistados para se acompanhar as Olimpíadas. A CazéTV apareceu em segundo lugar, com 26% das respostas. O sportv teve 19%. O Globoplay teve 10%. Outros 3% citaram canais que não transmitiram ao vivo o evento.

Os jovens de até 25 anos representaram a faixa que mais preferiu a TV Globo (45%) e CazéTV (35%). Nesse público, o sportv foi apontado apenas por 13% dos entrevistados. O canal pago da Globo vai melhor na faixa entre 35 e 44 anos (25%), perfil de pessoas no qual a TV Globo teve 39% das respostas e a CazéTV ficou com 22%.

Já o público acima dos 45 anos apontou a TV Globo como preferida, com 42%, o sportv na sequência, com 19%, e a CazéTV com 18%, sendo o pior índice do canal digital, um dado bastante previsível devido ao perfil também da mídia e das transmissões. 51% dos entrevistados disseram ter visto a Olimpíada apenas na TV, enquanto 49% afirmaram ter visto online também. O público de até 35 anos foi quem mais consumiu as transmissões em mais de um dispositivo.

Entre os esportes, a ginástica artística liderou a preferência geral do público. Impulsionada por quatro medalhas, três conquistadas por Rebeca Andrade em provas individuais, e uma delas pela equipe brasileira, a modalidade apareceu com 29% das respostas sobre o esporte favorito, superando o futebol, que ficou com 19%. O Brasil foi medalha de prata no futebol feminino e não teve representação masculina, já que a seleção brasileira sub-23 não passou do Pré-Olímpico disputado no começo do ano.

Mas há uma divisão clara de gêneros na pesquisa. A ginástica foi o esporte preferido para 44% das mulheres e para 15% dos homens, enquanto o futebol foi apontado como o preferido de 29% dos homens e apenas 9% das mulheres. O vôlei foi o terceiro colocado com 9% das respostas e um desempenho bem homogêneo: conquistou 9% dos homens e também 9% das mulheres. O time feminino do Brasil conquistou a medalha de bronze, enquanto o masculino caiu fora nas quartas de final.

Entre as modalidades efetivamente assistidas, a ginástica artística foi vista por 68% dos entrevistados, o futebol por 57%, o judô, que teve a melhor campanha brasileira da história, com uma medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze, foi visto por 52%. O vôlei aparece logo atrás, com 51%.

Se os números indicam preferência pelos esportes nos quais o Brasil conquistou medalhas, outro dado da pesquisa 'conversa' com essa informação. Quando questionados sobre a principal motivação para assistir aos Jogos Olímpicos, 37% dos entrevistados disseram que viram por "gostar do esporte", enquanto 63% apontaram que o motivo maior era "torcer para o Brasil". Um número que certamente não é novidade, já que na primeira década deste século a Globo até usava como slogan o "Nosso esporte é torcer pelo Brasil".