Allan Simon

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Fórmula 1 de volta à Globo: como pode ser a equipe de transmissão em 2025?

A Fórmula 1 deverá voltar à Globo em 2025, após cinco anos de ausência na emissora onde passou quatro décadas seguidas entre 1981 e 2020 e praticamente se moldou enquanto evento televisivo no Brasil. Mas, agora, o desafio é montar a equipe que vai transmitir a categoria no ano que vem. Afinal de contas, quando a F1 migrou para a Band, em 2021, parte do time global acabou mudando de canal junto com as corridas.

Na época, Mariana Becker, correspondente que acompanhava a Fórmula 1 na Globo, foi para a Band, assim como o comentarista e piloto Felipe Giaffone. Reginaldo Leme, nome clássico das transmissões, já tinha deixado a emissora carioca um ano antes, voltou a fazer a F1 pois já estava na Band em outras categorias de automobilismo, e a tendência é que siga na emissora paulista.

Sergio Maurício era o narrador do evento no sportv, um dos responsáveis internamente por fazer o canal pago passar a transmitir na íntegra os treinos livres anos antes. Também fazia as narrações dos VTs durante anos, mas a prática foi encerrada pouco antes da saída da Globo, e a transmissão da TV aberta era repetida no canal por assinatura.

A Globo tem uma opção óbvia para as transmissões da Fórmula 1 como narrador: Everaldo Marques já fez algumas corridas no fim da temporada de 2020, empolgou o público, mas não teve outras oportunidades porque logo o evento foi para a Band.

Luis Roberto, narrador titular da TV Globo e com longa trajetória na F1 desde o rádio, também poderia fazer as vezes de Galvão Bueno, que no passado focou mais no automobilismo, mas o natural seria mantê-lo nas transmissões do futebol nacional. Sem falar que nem todas as corridas estarão na TV aberta, e faria ainda menos sentido usá-lo no sportv.

Nos comentários, há um piloto que estava na Globo nos tempos de Fórmula 1, Luciano Burti, que participa das transmissões de automobilismo no sportv em categorias como a Stock Car e a Porsche Cup. Ao lado do jornalista Rafael Lopes, outro nome da antiga produção da F1 na emissora que ficou, apresenta o podcast 'Na Ponta dos Dedos', que vai ao ar no portal ge e nas plataformas de áudio. A dupla poderia ser usada pela Globo nas transmissões.

Na reportagem, a principal dúvida seria o retorno ou não de Mariana Becker, que foi casada com Jayme Brito, ex-diretor da Globo, produtor executivo da Fórmula 1 e um dos responsáveis por levar a categoria para a Band em 2021. Não há dúvidas de que Mariana é quem tem a maior experiência nas transmissões e no acompanhamento da temporada inteira viajando para cada GP, mas caso haja algum empecilho para o retorno, a solução estaria nos correspondentes internacionais.

Se a Globo não quiser bancar uma equipe de reportagem para viajar com a Fórmula 1 ao longo de todo o ano, como o time de Jayme e Mariana fazia no próprio canal até 2020, uma saída seria usar sempre os repórteres do esporte da emissora espalhados pelos continentes onde acontecessem as corridas.

Um GP na Itália, por exemplo, seria missão para o correspondente 'europeu' mais próximo. As corridas na América do Norte poderiam ficar com as equipes baseadas nos EUA. O lado ruim seria não ter a proximidade que Mariana Becker tem com as personalidades que compõem o 'circo da F1'.

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Além de tudo isso, algo que preocupa funcionários do esporte da Globo é a chegada também do pacote completo de transmissões, que não se restringiriam apenas à Fórmula 1, e contaria com categorias de base, como Fórmula 2, Fórmula 3, F1 Academy, entre outras. Para isso, o sportv precisaria reforçar o time para não haver sobrecarga de trabalho, principalmente considerando que essas corridas acontecem em fins de semana já repletos de futebol, e em horários muitas vezes complicados para escalas de trabalho, como as madrugadas.

O fato é que a Globo tem a experiência e o know-how de mais de 40 anos de Fórmula 1, um time já "pré-montado" que precisaria apenas de alguns ajustes e escolhas editoriais, e não terá todo o trabalho de montar uma cobertura do "zero" a partir de 2025, seja para as corridas que forem no sportv, sejam aquelas da TV Globo.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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