Taynah Espinoza renova com TNT Sports e mira futuro: 'Dar voz às pessoas'
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A apresentadora Taynah Espinoza acaba de renovar contrato com a TNT Sports. Prestes a completar 10 anos na empresa, na qual chegou quando a marca de transmissões ainda se chamava 'Esporte Interativo', a jornalista ocupou um espaço de muito destaque na última década em transmissões de eventos como Champions League, Brasileirão, Paulistão, além de programas da casa. Agora tem um novo acordo até o fim de 2027.
Taynah falou com a coluna em entrevista exclusiva por videoconferência ontem, em meio a um momento profissional que ela define com muita satisfação em meio a eventos como mata-matas na Liga dos Campeões e clássicos decisivos no Paulistão.
Eu falei na minha terapia essa semana. Que a semana passada foi uma semana supercansativa, assim, né? Porque foi uma semana que teve Paulistão domingo e segunda, Champions, terça e quarta, e na quinta eu tava 'atropelada'. Mas uma 'atropelada' tão satisfeita, sabe? Então, me sentindo me sentindo bem, assim, me sentindo, cara, tô tô muito cansada, mas eu tô cansada por uma coisa que eu gosto tanto de fazer. É tão isso para mim aqui, sabe? Eu gosto disso. Então, seguir fazendo essas coisas para mim é relevante, é importante.
A jornalista chegou ao então Esporte Interativo no meio de 2015, justamente no período de transição da Champions na TV por assinatura. Depois de 20 anos de domínio dos canais ESPN no Brasil, a nova 'casa' da competição nessa mídia passava a ser o EI. Apesar dessa coincidência na linha temporal, Taynah disse que não esperava viver tudo o que viveria nos anos seguintes.
Eu não fazia a menor ideia do que estava por vir. Entro para trabalhar com o futebol internacional. Mas eu não fazia a menor ideia do que viria e no primeiro ano, que eu vou para a primeira final, que é em Milão, a primeira que a gente faz in loco (na TV paga), lembro de estar na minha casa e aí o chefe ligar e falar: 'Taynah, você tem alguma coisa para fazer no final de semana do dia 28?'. Aí eu falei: 'Não'. E não tinha passado pela minha mente, assim, nada. E aí ele falou: 'Ah, então a partir de agora você tem, você vai fazer a final da Champions em Milão'.
A reação na sequência também foi memorável.
Eu gritava, eu estava na janela, eu gritava na janela e pulava. E ele ria do outro lado do telefone. Cara, eu estava contente. Eu falei: "eu estou muito feliz", tipo, é uma realização gigantesca para mim, assim. Então, eu não fazia ideia do que estava pela frente.
A Liga dos Campeões é a marca mais evidente de um trabalho que já dura uma década, mas não a única. "Eu fiz alguma coisa de reportagem logo que eu entrei, ali por uma necessidade. Apresentei um telejornal por bastante tempo. Teve uma cobertura muito pesada que foi a da queda do avião da Chapecoense, foram muitas horas no ar, e a gente descobrindo tudo junto no ar. Então, foi muito pesado. Foram várias coberturas, assim, que eu acho que foram me transformando na profissional que eu me tornei", contou a apresentadora.
Mas qual profissional é essa que aparece na tela dos brasileiros dez anos depois?
Acho que uma profissional, no geral - e eu sempre fui uma pessoa muito confiante, tá? -, bem mais confiante. Uma profissional certamente com muito mais capacidade de tratar de muitos assuntos, principalmente futebol internacional. Antes da TNT/Esporte Interativo, minha carreira era muito futebol nacional, né? Eu até fiz alguma coisa ligada à Champions na Band, mas muito pouco. E o futebol internacional entra muito na minha vida a partir disso. É muito engraçado porque quando eu me formo na faculdade lá, o meu convite de formatura falava de um sonho que eu tinha, que era cobrir a final de Champions. Cá estamos, depois de várias finais de Champions.
Eu acho que com muito mais capacidade, conseguindo entender mais o meu papel também, no fim das contas, como mulher dentro desse contexto. Quando eu começo a carreira, sei lá, acho que não pensava muito sobre isso, sabe? Eu queria fazer, queria ser jornalista, queria trabalhar com esporte, com futebol. Eu não via como 'nossa, vem um grande desafio aí', ou 'eu represento muitas mulheres aqui'. Acho que eu fui entendendo isso com o passar do tempo.
Toda essa reflexão levou Taynah a pensar sobre o que espera para o futuro após realizar tantas coisas na carreira, como coberturas de finais de Champions nos estádios, jogos históricos na Europa e no Brasil, A conclusão: dar voz a outras pessoas, amplificar debates em temas sociais, como questões relacionadas ao racismo, e impulsionar a ideia de que o esporte é uma ferramenta de transformação social.
Acho que estou em um lugar de muito privilégio, né? De estar em um lugar bom, de ter voz, e eu me sinto na obrigação de dar voz a outras pessoas. Para que a gente consiga fazer esse debate acontecer mais. Se uma sementinha que eu plantei, uma cabecinha que eu consiga mudar, ela já me satisfaz. Então, eu quero muito continuar fazendo as coisas que eu faço, mas também de alguma forma colaborar para esse mundo ser um pouco melhor e mais justo.
Sobre a influência sobre os mais jovens, Taynah brinca que até se sentiu 'velha' quando foi reconhecida em um aeroporto por um menino que dizia acompanhar o trabalho dela há muito tempo, "desde que era pequenininho". Mas sabe que pode servir como inspiração, principalmente para meninas que queiram seguir o sonho de trabalhar com futebol. Qual recado ela manda para essas meninas?
Eu nunca vou dizer 'faça' ou 'não faça' alguma coisa, porque isso vai da escolha de cada um. Tem muitas coisas que vão aparecer pelo caminho e vão atrapalhar, vão ser cansativas e você vai ter que engolir, mas nada para mim paga a satisfação de fazer a coisa que eu gosto. Fazer o que a gente gosta, para mim, é imprescindível. Óbvio que estou falando de um lugar muito privilegiado, eu consigo fazer o que eu gosto, e muita gente vai ter que fazer várias coisas para ter, quem sabe, uma oportunidade.
Acho que a gente está num mundo que está enxergando que a gente pode fazer todas as coisas. Então, vai ouvir bobagem, vai ouvir besteira, vai ouvir comentário machista, mas vai ouvir em qualquer escolha que faça. Se for na escolha mais óbvia, e se for para a escolha menos óbvia. Então, assim, faz o que quer e fecha os ouvidos para isso, quando for possível, quando não for, às vezes a gente tem que engolir para tentar fazer o que a gente gosta. Às vezes vale a pena.
8 comentários
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Antônio Carlos Hervé Ramirez
Essa apresentadora deveria fazer um curso de dicção, pois engoe palavras ao falar um texto. Nimguém percene?
Euler Baltar Lima
Ela tem boa vontade e preparo, o que mata é a voz… hiper irritante, mas tem seus méritos.
Carlos Eduardo Menegazzi Gomes
ja paga terapia , sugiro uma fonoaudiologa . precisamos sempre melhorar