Melhor futebol de Série A em SP na volta é do Red Bull Bragantino
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O Paulistão voltou, em mais um capítulo da irresponsabilidade brasileira no trato da pandemia. Ainda muitos mortos e infectados, sem contar as subnotificações, mas "e daí?"
Jesualdo Ferreira sofreu com a expulsão de Carlos Sánchez no final do primeiro tempo, já com o Santos em desvantagem no placar contra o Santo André na Vila Belmiro. Mas Soteldo compensou o homem a menos e os problemas da equipe para manter intensidade alta e compactação dos setores, além dos prejuízos da inatividade, com gol e a habilidade costumeira pela esquerda.
O Palmeiras viveu o primeiro capítulo de sua história sem Dudu e, para um clássico contra o maior rival em Itaquera, Vanderlei Luxemburgo pode ter o segundo tempo como referência, quando fez de Cássio o melhor em campo. Encurralou o Corinthians, finalizou 20 vezes, roubou bolas no campo de ataque e tirou a melhor opção de transição ofensiva do adversário.
Porque o Corinthians mostrou pouco mais que a saída de Fagner pela direita. O inesgotável lateral ainda serviu sua quinta assistência no estadual, cobrando o escanteio na cabeça de Gil. Quando o camisa 23 é bloqueado, o time de Tiago Nunes trava, como já acontecia nos tempos de Fabio Carille. Restou compactar os setores e defender o resultado que mantém o time respirando no campeonato.
Mas foi no Morumbi o melhor jogo entre times da Série A, fechando a 11ª rodada. O São Paulo de Fernando Diniz retornou com a mesma proposta de qualidade desde a saída de bola, com Daniel Alves recuando para colaborar na construção, e movimentação com toques rápidos e curtos na frente.
Quando Igor Gomes, Alexandre Pato, Vitor Bueno e Pablo - artilheiro do time na noite, com dois gols - se mexem e trocam passes, com suporte dos laterais Juanfran e Reinaldo, mais o onipresente Daniel Alves, o time compensa até a sentida ausência dos dribles de Antony pela direita. Mas precisa se instalar no campo de ataque para isso, já que não há uma opção de velocidade para explorar os espaços às costas da defesa adversária.
Foi justamente essa carência tricolor que afirmou a ideia de Felipe Conceição para fazer o Red Bull Bragantino se impor, mesmo como visitante. Muita pressão na saída tricolor, com cinco homens, no mínimo, colocando intensidade máxima para retomar a bola na frente ou forçar a ligação direta do adversário.
Bola recuperada, muita movimentação de Artur e Vitinho pela direita e Morato e Matheus Jesus do lado oposto, com Ytalo abrindo espaços e se apresentando para as tabelas. A equipe também procurava circular rapidamente a bola para fugir da pressão são-paulina, contando com os passes verticais do bom zagueiro Ligger.
A execução do 4-1-4-1 foi bem coordenada e construiu os belos gols da vitória por 3 a 2. Matheus Jesus, Morato e Artur. Do melhor futebol da primeira divisão nacional em São Paulo no retorno. Agora na liderança geral do Paulista, com 20 pontos no Grupo D. Afirmando o projeto ambicioso da Red Bull no país.
Um alento em meio ao caos e mais de 20 mil mortes no estado. Não precisava ser assim.
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