Lyon na semifinal com méritos. Mas Guardiola precisa pensar menos
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O Manchester City era o favorito absoluto no duelo pelas quartas-de-final da Champions. Por ter eliminado o Real Madrid de Zidane, o maior campeão, nas oitavas e pelos problemas de um Lyon com déficit de ritmo de competição pela longa interrupção no futebol francês.
Também pela presença de Pep Guardiola. O treinador mais revolucionário e influente deste século, mas que vem falhando em jogos decisivos nas últimas edições do torneio. Contra Liverpool, Tottenham e agora. Por mexer demais em sua equipe, de estilo dominante, em função dos adversários.
Desta vez "espelhou" os três defensores da equipe francesa com o recuo de Fernandinho para se juntar a Eric Garcia e Laporte. Ainda posicionou Kevin De Bruyne como uma espécie de "falso nove", provavelmente para tirar a referência da marcação do trio de zagueiros do Lyon.
Não funcionou e os citizens perderam um tempo e mais dez minutos da segunda etapa para corrigir a rota com a entrada de Mahrez na vaga de Fernandinho. Já perdendo por 1 a 0, porque, mesmo com todos os cuidados defensivos, o time inglês deixou espaços para os tão temidos ataques em profundidade. Muitas vezes acionados desde a defesa, buscando a dupla Ekambi e Depay. No lançamento de Marcelo para Ekambi, o gol de Cornet, o ala pela esquerda que acompanhou a jogada.
O City teve 64% de posse, 84% de efetividade nos passes e seis finalizações. Mas o controle do primeiro tempo foi do Lyon de Bruno Guimarães, que foi perfeito na proteção da defesa na primeira etapa. Mas sentiu fisicamente e, no segundo tempo, pouco antes de sair para Thiago Mendes, deixou espaços para a chegada de Kevin de Bruyne completando a bela jogada de Sterling pela esquerda.
Empate que poderia ter sido a senha para a virada, mas Gabriel Jesus perdeu boa oportunidade em nova jogada de Sterling pela esquerda. O City cresceu com maior presença ofensiva e pontas abrindo o campo, como é a equipe "ao natural". Mas seguiu exposto atrás. Em contragolpe e lance duvidoso na disputa entre Dembele e Laporte - este que escreve daria falta no defensor do City -, o gol do atacante que entrou na vaga de Depay para ser o heroi da classificação.
Aproveitando o inacreditável gol perdido do "vilão" Sterling. Na volta, outro de Dembele no rebote de Ederson. Completando um "combo" de erros individuais que pesam demais em jogo eliminatório. O equívoco maior, porém, foi de Pep. Escolhas infelizes que duraram 55 minutos. Sem "caça às bruxas", mas se espera demais de um grande treinador.
Guardiola pensou demais novamente. E pagou mais uma vez. Perdendo chance de ouro do sonho da Liga dos Campeões com menos partidas. O Lyon sobrevive e pode dar trabalho ao Bayern com sua concentração defensiva. Novamente sem favoritismo, mas depois de eliminar Juventus e City, nada mais parece impossível.
(Estatísticas: UEFA)
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