Sevilla seis vezes campeão da Liga Europa, com a redenção de Diego Carlos

Diego Carlos é mais um caso de brasileiro que não constroi uma carreira sólida no Brasil, vai para a Europa, evolui aos poucos até conseguir uma oportunidade em clube com maior visibilidade. No caso do zagueiro de 27 anos, das três temporadas no Nantes para o Sevilla.

Bom desempenho na temporada, mas pênaltis cometidos nas quartas da Liga Europa contra o Wolverhampton, na semifinal diante do Manchester United e também na decisão, logo aos quatro minutos, derrubando Lukaku, que converteu e abriu o placar para a Internazionale em Colônia.

Parecia a senha para o jogo à feição das rápidas transições ofensivas do time de Antonio Conte buscando o atacante belga que faz dupla na frente com Lautaro Martinez. O argentino, porém, fez uma final sem brilho e complicou a execução do 3-5-2 dos neroazzurri.

Ao contrário de Luuk de Jong, referência do 4-3-3 de Julen Lopetegui. Presença física holandesa na área adversária para ir às redes duas vezes. Em um primeiro tempo de 61% de posse da equipe espanhola, com 81% de efetividade nos passes e oito finalizações a cinco - cinco a dois no alvo.

Mas sem a vantagem no final do primeiro tempo. Porque Godín ainda é fantástico no timing dos jogos aéreas em bolas paradas. O sexto a marcar em finais de Champions e Liga Europa. Empate arrancado meio à forceps, sem resposta em rendimento, da Inter. Disputa intensa e um tanto aleatória.

Até a inusitada bicicleta de Diego Carlos, candidato a "vilão" em caso de perda do título, que provavelmente sairia, porém desviou em Lukaku, um dos grandes destaques individuais do torneio. Na súmula, gol do zagueiro brasileiro. A redenção de um heroi improvável.

Para consagrar Ever Banega, organizador do meio-campo de 32 anos. Argentino que jogou pela Inter e está de saída para o Al Shabab. Agora tricampeão da Liga Europa. Metade das seis conquistas do Sevilla copeiro e fenômeno da competição. Honrando o futebol espanhol no continente em 2019/20.

(Estatísticas: Whoscored.com)