Bom início do Barcelona de Koeman cerca Messi de rapidez e intensidade
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As boas vitórias no início da liga espanhola sobre Villareal e Celta de Vigo, marcando sete gols e não sofrendo nenhum, significam menos que as primeiras impressões do Barcelona agora comandado por Ronald Koeman e partindo da permanência de Lionel Messi.
O gênio argentino ganhou liberdade total no 4-2-3-1 que é apenas uma referência para que Frenkie De Jong auxilie Busquets no trabalho de fechar espaços por dentro e construir jogadas. A circulação da bola também está mais rápida e objetiva, sem a posse estéril dos tempos de Quique Setién. Os laterais Sergi Roberto e Jordi Alba abrem o campo e buscam o fundo e Griezmann, Philippe Coutinho e Ansu Fati ajudam Messi a buscar os espaços entre a defesa e o meio-campo do adversário.
O talento precoce que completa 18 anos no final deste mês entrega um pouco mais. Fati machuca as defesas atacando os espaços às costas. É quem dá profundidade com infiltrações em diagonal, oferece opção de passes para Coutinho e preenche a área quando Alba chega ao fundo.
Essa é outra mudança clara no time catalão. Sem uma referência, mesmo móvel como Luís Suárez, são muitos jogadores que se apresentam na zona de conclusão. Assim como Messi, todos chegando de trás, o que confunde bastante as retaguardas. Até Sergi Roberto apareceu para marcar nos 3 a 0 sobre o Celta, e o time estava com dez em campo por conta da expulsão de Lenglet no final do primeiro tempo.
Sem bola, a equipe procura ser mais intensa e agressiva na marcação para retomar logo e ser protagonista. Ainda assim, o goleiro Neto - brasileiro substituto Ter Stegen, ausente por uma cirurgia no joelho - trabalhou mais do que deveria. Jogar com linhas adiantadas e Piqué e Lenglet na zaga continua sendo um risco alto para disputas em mais alto nível.
Um perigo nos duelos contra a Juventus de Cristiano Ronaldo na fase de grupos da Liga dos Campeões. Algo para Koeman trabalhar ou compensar dobrando a aposta no volume de jogo. É preciso também encaixar melhor Griezmann pela direita. O francês deve ganhar a companhia no setor de Sergiño Dest, lateral contratado ao Ajax. O norte-americano nascido na Holanda é reposição a Semedo, que foi para o Wolverhampton e é mais uma aposta do treinador para dar intensidade ao time.
O elenco curto ainda é um problema e o Barça não tem poder de fogo no momento para grandes contratações. Resta acreditar em jovens como Riqui Puig, Pedri e Francisco Trincão - português que está à frente de Dembelé na preferência de reposição no ataque. Sem contar Pjanic, trocado por Arthur e que terá minutos em campo, até para dar descanso mais frequente a Busquets.
A temporada é longa e a missão de reconstruir em cima dos escombros dos 8 a 2 impostos pelo Bayern de Munique é duríssima, ainda mais no clube afundado numa crônica crise de gestão. Apesar de mais uma crítica recente à saída de Suárez, Messi procura se concentrar no futebol e já deixa sua contribuição habitual com participação efetiva no ataque, embora tenha ido às redes apenas uma vez, em cobrança de pênalti.
A ideia de cercá-lo de rapidez e intensidade pode ser o pilar da recuperação do Barcelona. O início com Koeman é promissor.
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