Ramon paga com demissão o pecado de criar expectativas no Vasco
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Pelo histórico dos últimos anos e depois de uma campanha pífia no Carioca, sequer chegando às semifinais dos turnos, a meta inicial do Vasco da Gama no Brasileiro era fugir do Z-4.
Na quarta rodada chegou à liderança com 100% de aproveitamento e um jogo a menos. Time organizado, com com ideias para defender e atacar e German Cano como um artilheiro implacável.
Mas era óbvio que isso teria um teto. Primeiro pelo desgaste por conta da sequência de jogos - e a classificação para a quarta fase da Copa do Brasil eliminando o Goiás nos pênaltis diminuiu ainda mais as brechas no calendário.
Depois porque o que era fator surpresa, como os chutes de Fellipe Bastos, o trabalho de lateral construtor por dentro de Yago Pikachu e, principalmente, a conexão argentina Benitez-Cano, seria estudado pelos adversários e faltaria um banco mais recheado e versátil.
Eliminação no mata-mata nacional para o Botafogo em jogos equilibrados, sequência sem vitórias e as derrotas para Atlético Mineiro e Bahia, fora de casa, marcando um gol e sofrendo sete, culminaram na demissão de Ramon Menezes, o auxiliar efetivado que salvou o trabalho abaixo do medíocre de Abel Braga.
Talvez a direção sonhe com a possibilidade da "sacudida" no elenco com o "fato novo" antes do clássico contra o Flamengó, sábado em São Januário.
Mas e a projeção a médio prazo? Alguém imagina um trabalho melhor em desempenho e resultados com esse elenco e um clube sempre caótico na gestão, inclusive financeira?
O dirigente médio no Brasil tem o raciocínio do tamanho de uma azeitona e a profundidade de um pires. É visionário pensando apenas no próximo jogo.
O "Ramonismo" pagou pelo pecado de criar expectativas.
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